pessoa a manipular marioneta de madeira

Quais as implicações do transtorno de personalidade antissocial?

5 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Sintomas
  3. 3. Principais Causas
  4. 4. Sociopatia vs. Psicopatia
  5. 5. Diagnóstico

O transtorno de personalidade antissocial (TPAS) é um distúrbio mental, que interfere na maneira como a pessoa pensa, sente e interage com os outros.

À semelhança de outros transtornos de personalidade, também o TPAS pode ter sérias repercussões não só para a pessoa afetada como para a sociedade.

Há opções de tratamento que podem ajudar a controlar os pensamentos e comportamentos associados a esta condição. Fique a saber quais.


O que é o transtorno de personalidade antissocial?

Os transtornos de personalidade representam desafios significativos na esfera da saúde mental, afetando o pensamento, perceção, emoções e interações sociais de um indivíduo.

Entre estes transtornos, destaca-se o transtorno de personalidade antissocial, que se carateriza pela expressão de comportamentos impulsivos, irresponsáveis e frequentemente contrários à lei.

Conforme descrito na 5.ª edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria, o TPAS é marcado por um padrão consistente de desrespeito pelos direitos alheios, com uma notável ausência de empatia e competências interpessoais.

O transtorno de personalidade antissocial afeta mais homens do que mulheres. Os indivíduos com este problema procuram gratificação e poder, através da exploração dos outros, agindo, muitas vezes, em discordância com as normas éticas e legais, o que pode causar impactos sociais consideráveis.

Quem sofre deste transtorno tende a ser manipulador, enganador e a agir por impulso, demonstrando pouco ou nenhum cuidado com os sentimentos dos outros nem qualquer remorso pelas consequências dos seus atos.

Assim como outros transtornos de personalidade, o TPAS pode variar em gravidade, desde comportamentos inadequados ocasionais até à persistente violação da lei e envolvimento em atividades criminosas.


homem a riscar porta de um carro

Quais os sintomas e como se manifesta?

Os sintomas de transtorno de personalidade antissocial podem variar de pessoa para pessoa, podendo existir uma inclinação maior para determinados comportamentos do que para outros. Assim, os sintomas desta perturbação podem incluir:

  • Agressão física, hostilidade ou violência contra terceiros;
  • Comportamento irresponsável ou impulsivo;
  • Infringir a lei ou desrespeitar as regras e normas sociais;
  • Usar inteligência, lisonja e charme para manipular, mentir ou enganar outras pessoas, para proveito ou prazer pessoal;
  • Não assumir a responsabilidade por ações ou comportamentos;
  • Não demonstrar remorso, arrependimento ou preocupação pelos comportamentos;
  • Ignorar o certo e errado;
  • Não ter empatia ou respeito pelos outros;
  • Ter um complexo de superioridade;
  • Ser extremamente teimoso;
  • Não sentir culpa por prejudicar os outros;
  • Fazer coisas perigosas sem se preocupar com a sua segurança ou a dos outros;
  • Não cumprir responsabilidades profissionais ou financeiras.

Normalmente, adultos com TPAS apresentam sintomas antes dos 15 anos, que compreendem diversos comportamentos graves e contínuos, tais como:

  • Agressão a pessoas e animais;
  • Vandalismo;
  • Mentira e desonestidade.
  • Roubo;
  • Infração grave de regras.

menino a tapar a cara com as mãos

Quais as principais causas deste transtorno?

Não são conhecidas as causas exatas, mas uma combinação de fatores genéticos, biológicos e ambientais parecem desempenhar um papel no desenvolvimento deste transtorno, nomeadamente:

  • Traumas na infância;
  • Negligência;
  • Abuso físico ou emocional;
  • Influências ambientais desfavoráveis.

As pessoas a quem é diagnosticado o TPAS cresceram, na maioria das vezes, em circunstâncias familiares difíceis. Um ou ambos os pais alcoólicos, conflitos parentais e uma educação severa e inconsistente são experiências comuns.

Muitas vezes, este tipo de dificuldades na infância leva a problemas comportamentais durante a adolescência e a idade adulta.

Também há uma maior probabilidade de desenvolver este transtorno se existir histórico na família de doença mental ou TPAS.


Qual a relação com a sociopatia e a psicopatia?

O transtorno de personalidade antissocial, a sociopatia e a psicopatia partilham semelhanças quanto ao comportamento antissocial, mas diferem na origem e manifestação.

Enquanto o TPAS é um diagnóstico psiquiátrico reconhecido, os termos sociopatia e psicopatia são frequentemente usados de maneira mais informal para descrever padrões específicos de comportamento antissocial.


Como fazer o diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial?

O diagnóstico é realizado por profissionais de saúde mental especializados, como psicólogos ou psiquiatras, através de uma avaliação psicológica. Nesse processo, são analisados os pensamentos e comportamentos do paciente para encontrar padrões consistentes com esta perturbação.

Muitas pessoas que apresentam este transtorno de personalidade não procuram o diagnóstico por conta própria. Por vezes, a avaliação de saúde mental é solicitada por um tribunal.

Ao diagnosticar o TPAS, os profissionais de saúde mental também realizam um diagnóstico diferencial, para descartar outras condições que possam apresentar sintomas semelhantes, tais como transtorno de personalidade borderline (TPB), transtorno de personalidade narcisista (NPD) ou transtorno por uso de substâncias.


Qual o papel da família nestes casos e a que sinais devem estar atentos?

Pessoas com transtorno de personalidade antissocial não vão assumir ou procurar ajuda por conta própria. Perante comportamentos como falta de empatia, manipulação e agressividade, alguém da família pode sugerir gentilmente que procure a ajuda de um profissional de saúde mental e oferecer-se para o ajudar a encontrar um.

O TPAS está associado ao comportamento criminoso, com alto risco de envolvimento em atividades ilegais e prisão ao longo da vida. Homens com este transtorno têm maior probabilidade de abuso de álcool e drogas, em comparação com mulheres, e enfrentam maior risco de morte prematura, devido a comportamentos imprudentes ou tentativas de suicídio. Além disso, têm uma maior probabilidade de enfrentar dificuldades nos relacionamentos, desemprego e tornarem-se sem-abrigo na idade adulta.


Que opções de tratamento existem?

Embora já tenha sido vista como uma perturbação crónica, evidências sugerem que o comportamento pode ser controlado e tratado ao longo do tempo, ainda que possam permanecer algumas caraterísticas deste transtorno.

A terapia cognitivo-comportamental tem sido usada com o objetivo de promover mudanças na forma de pensar e no comportamento. Programas de Comunidades Terapêuticas também têm mostrado eficácia a longo prazo, com foco no tratamento das necessidades emocionais e psicológicas dos indivíduos.

Relativamente ao uso de medicamentos, não há muitas certezas. Contudo, certos antipsicóticos e antidepressivos podem ser úteis em alguns casos para controlar sintomas como agressividade e impulsividade.

Os sintomas podem ser mais extremos durante o final da adolescência e início dos 20 anos. Pode melhorar quando a pessoa chega aos 40 anos, particularmente os atos destrutivos e criminosos. Não é claro se esta melhoria é resultado do efeito do envelhecimento na mente e no corpo, de uma maior consciência do impacto que o comportamento antissocial teve na vida ou de outros fatores.

Em suma, o tratamento do TPAS é multifacetado e depende das circunstâncias individuais, incluindo fatores como idade, histórico criminal e possíveis problemas associados, como o abuso de substâncias.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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