Lenços de papel numa mesa

Covid-19 ou gripe: saiba como distinguir

4 mins. leitura

Semelhanças e diferenças

Quando a Covid-19 apareceu, foram inevitáveis as comparações com a gripe, dado serem ambas doenças respiratórias, de origem viral e com alguns sintomas comuns.

Contudo, desde então que a comunidade científica tem vindo a alertar para a importância de distinguir ambas as patologias, pois é efetivamente muito aquilo que as separa.

Numa altura em que nos encaminhamos para o pico da gripe, importa saber o que pode ajudar a identificar se é Covid-19 ou gripe.


A COVID-19 é o mesmo que uma gripe?

A resposta a esta pergunta é, definitivamente, não. Embora ambas se tratem de infeções respiratórias, com formas de contágio e sintomas semelhantes, não devemos equiparar ambas as doenças.

Os vírus causadores da Covid-19 e da gripe - o SARS-CoV-2 e o influenza, respetivamente - têm comportamentos diferentes e, por isso, causam doenças também elas distintas.

Uma dessas grandes diferenças prende-se, desde logo, com a questão da imunidade. Enquanto a gripe já é nossa conhecida há muitos anos, a Covid-19 é uma patologia nova, para a qual a grande maioria das pessoas ainda não tem anticorpos protetores, nem imunidade.

Além disso, já existe tratamento e vacina para a gripe, enquanto para a Covid-19 ainda não há terapêutica específica, nem vacina.


Como distinguir a COVID-19 e a gripe?

Apesar das várias diferenças já expostas acerca das duas doenças, é certo que elas têm aspetos comuns, desde logo os seus sintomas. Portanto, um dos desafios que enfrentamos é o de saber como distinguir Covid-19 e gripe.

Na verdade, são diversos os sintomas comuns entre ambas, como é o caso da febre, da tosse ou das dores musculares. Porém, a tosse associada à Covid-19 tende a ser seca e persistente (o que nem sempre acontece nos casos de gripe). Além disso, a gripe costuma ser acompanhada de congestão nasal, o que não se tem revelado um sintoma tão frequente nos casos de Covid-19.


A ordem dos sintomas

Recentemente, uma equipa de investigadores da Universidade da Califórnia do Sul avançou que a ordem pela qual aparecem os sintomas da Covid-19 e da gripe pode permitir distinguir estas duas doenças.

Para chegarem a esta conclusão, os cientistas tiveram por base 55.924 pacientes chineses infetados com o novo coronavírus e a ordem pela qual surgiram os sintomas da doença nestes indivíduos.

Apesar de haver sintomas comuns, a ordem pela qual eles se manifestam não parece ser idêntica. Enquanto na Covid-19, o padrão parece corresponder à seguinte ordem: febre; tosse; dor de cabeça/garganta ou muscular; náuseas ou vómitos; e diarreia; no caso da gripe, a cronologia mais comum é: tosse; dor muscular; dor de cabeça; dor de garganta; febre; náuseas e/ou vómitos; e diarreia.

Esta informação pode ser especialmente valiosa durante o pico da gripe, na medida em que pode ajudar e muito a distinguir de forma mais rápida e imediata ambos os casos. Ainda assim, os investigadores da Universidade da Califórnia do Sul alertam para o facto dos sintomas de Covid-19 poderem variar significativamente de paciente para paciente.

Outro dado que pode corroborar uma infeção por Covid-19 está relacionada com o aparecimento de anosmia súbita (perda de olfato) acompanhada - ou não - de ageusia (perda do sentido do paladar).

Ordem dos sintomas: COVID-19

  1. febre;
  2. tosse;
  3. dor de cabeça/garganta ou muscular;
  4. náuseas ou vómitos;
  5. diarreia

Ordem dos sintomas: Gripe

  1. tosse;
  2. dor muscular;
  3. dor de cabeça;
  4. dor de garganta;
  5. febre;
  6. náuseas e/ou vómitos;
  7. diarreia

Tratamento e prevenção

Como já dissemos, ainda não há um tratamento específico para a Covid-19, sendo para já apenas recomendada a toma de paracetamol, como forma de aliviar sintomas como a febre e as dores.

Já no caso da gripe, existem no mercado diversos antivirais capazes de combaterem os vários sintomas gripais. A toma de paracetamol também pode ser recomendada nestas situações, principalmente se houver lugar a febre e a dores.

Quanto à prevenção, uma vez que ambas as doenças se transmitem de pessoa para pessoa, nomeadamente, através de partículas de saliva contaminadas, as medidas de prevenção do contágio recomendadas para a Covid-19 também se podem revelar eficazes para evitar a gripe. Assim, é sobretudo aconselhado o uso de máscara; o distanciamento físico; e a correta e frequente desinfeção e higienização das mãos, bem como a prática da etiqueta respiratória.


Covid-19 ou gripe nas crianças

Ainda há muito para saber sobre a Covid-19, sobretudo nas crianças, grupo em que a doença parece não se manifestar de forma tão grave.

Ainda assim, investigadores do Hospital Pediátrico Nacional de Washington DC (EUA) compararam as caraterísticas clínicas de 315 crianças com Covid-19 e de 1402 crianças com gripe.

A conclusão geral foi a de que não havia diferenças significativas, no que respeita às taxas de hospitalização, de internamento nos cuidados intensivos e no recurso a ventiladores.

Em termos percentuais, o estudo concluiu que 17,1% das crianças com Covid-19 foram hospitalizadas, sendo que 5,7% foram internadas na unidade de cuidados intensivos e 3,2% receberam tratamento ventilatório mecânico.

Por outro lado, 21,2% das crianças com gripe foram hospitalizadas, sendo que 7,0% foi internada na unidade de cuidados intensivos e 1,9% recebeu apoio do ventilador mecânico.

Assim, as diferenças entre as duas patologias foram, principalmente, encontradas na manifestação dos sintomas.


Sintomatologia

Neste estudo, quer nas crianças com Covid-19, quer nas crianças com gripe, a febre afigurou-se como o sintoma mais frequente, logo seguido pela tosse.

Outra conclusão desta investigação foi a de que, de entre as crianças analisadas, hospitalizadas, as infetadas com o novo coronavírus eram as que apresentavam mais sintomatologia. Este aspeto pode ser relevante em termos de diagnóstico da Covid-19.

O estudo também concluiu que 65% das crianças hospitalizadas com Covid-19 e 42% das crianças internadas com gripe tinham outra complicação de saúde associada, como atrasos de desenvolvimento ou convulsões, por exemplo.

Importa ainda referir que não se registou nenhum caso de coinfeção de Covid-19 e gripe sazonal. Já no que respeita ao número de mortes, não houve óbitos causados pela Covid-19, mas sim dois falecimentos provocados pela gripe A.


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