XBB.1.5: o que já se sabe sobre a nova variante da COVID-19?

XBB.1.5 ou kraken é o nome da mais recente variante da covid-19. Descubra o que se sabe até agora.

A XBB.1.5, também conhecida por variante kraken, foi detetada pela primeira vez em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América, em outubro de 2022. Até ao momento, é neste país que se encontra o maior número de casos desta subvariante da Ómicron, onde já se tornou dominante.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, organismo da União Europeia que identifica ameaças para a saúde humana, considera que existe a possibilidade de tornar-se dominante também na Europa, com um aumento significativo de casos de covid-19.

Mas será a variante kraken mais perigosa ou transmissível? Descubra tudo o que se sabe até ao momento sobre a XBB.1.5.

O que é XBB.1.5?

Trata-se de uma sublinhagem da XBB, uma das várias linhagens da variante Ómicron. A XBB, por sua vez, resultou da recombinação de duas linhagens BA.2 (a BA.2.75 e a BA.2.10.1).

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, (ECDC, na sigla em inglês), esta nova sublinhagem é mais transmissível e, por isso, pode estar na origem do aumento do número de casos de infeção. Além disso, a expetativa é que esta se possa tornar dominante na União Europeia (UE) e Espaço Económico Europeu (EEE).

O Instituto Ricardo Jorge (INSA), que monitoriza a introdução e circulação de novas linhagens e sublinhagens de SARS-CoV-2 em Portugal, informou que foram identificadas, no país, dezenas de sequências da linhagem recombinante XBB, entre as quais várias de XBB.1.5.

Segundo o Instituto, esta "tem suscitado elevado interesse, devido à sua capacidade de evasão ao sistema imunitário e ao seu recente aumento de frequência em vários países".

Esta sublinhagem, também conhecida como "variante Kraken", foi assim designada por Ryan Gregory, professor de biologia da Universidade de Guelph, no Canadá, numa alusão a um monstro marinho, de origem mitológica, conhecido pelos seus 100 tentáculos e por ameaçar navios.

Sintomas e risco

De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, o risco da infeção por XBB.1.5 pode ser considerado baixo a moderado para a população em geral. Já nos indivíduos considerados vulneráveis, quer pela idade, situação clínica ou por não terem a vacinação concluída, o risco é classificado como elevado.

Embora a transmissibilidade seja maior, até ao momento, nada indica que a manifestação da XBB.1.5 seja mais grave do que a das outras linhagens da variante Ómicron, que já estão em circulação.

Quanto aos sintomas, são em tudo semelhantes aos de outras variantes: febre, tosse e obstrução nasal. Sabe-se, no entanto, que poderão permanecer por mais tempo.

Como se proteger da variante kraken

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças relembrou a importância de adotar os cuidados já conhecidos para prevenir e controlar a transmissão do SARS-CoV-2.

Ficar em casa quando se estiver doente, optar, sempre que possível, pelo teletrabalho, assegurar uma boa ventilação dos espaços e usar máscara, estão entre os principais.

Paralelamente, recomenda-se a vacinação contra a covid-19. De acordo com o mesmo organismo, é muito provável que as vacinas existentes continuem a proteger contra quadros graves de doença para esta sublinhagem também.

Ter a vacinação em dia é, por isso, de extrema importância para garantir a sua proteção.