homem com atrofia muscular

Atrofia muscular: como prevenir e combater esta condição

6 mins. leitura

Índice

  1. 1. O que é
  2. 2. Principais causas
  3. 3. Atrofia muscular espinhal
  4. 4. Sintomas
  5. 5. Fatores de risco

A atrofia muscular pode ter diferentes causas e manifestar-se de várias formas, afetando significativamente a qualidade de vida.

Este problema pode surgir gradualmente, devido ao envelhecimento ou a um estilo de vida sedentário, ou repentinamente, após uma lesão, internamento ou doença neurológica.

Os principais sintomas incluem a diminuição da massa muscular, fraqueza e perda de força.

Neste artigo, explicamos o que é esta condição, quais as suas causas, sinais de alerta, tratamento e formas de prevenção.


O que é a atrofia muscular?

Esta condição carateriza-se pela perda de massa muscular e redução da força dos músculos. Acontece quando as fibras musculares diminuem de tamanho ou deixam de funcionar corretamente.

A atrofia muscular pode resultar da inatividade, de doenças que afetam os nervos ou os músculos, da desnutrição ou do envelhecimento.

Existem dois tipos principais de atrofia muscular:

  • Atrofia por desuso (fisiológica): geralmente causada pela falta de atividade física. Pode surgir após longos períodos de imobilização (por exemplo, devido a uma fratura, cirurgia ou repouso prolongado), sendo reversível com exercício e fisioterapia.
  • Atrofia neurogénica: mais grave e de progressão mais rápida. É causada por lesões ou doenças que afetam os nervos que controlam os músculos, como a esclerose lateral amiotrófica, a esclerose múltipla, ou a atrofia muscular espinhal (AME).

Quais as principais causas?

A atrofia muscular ocorre quando os músculos diminuem de tamanho e perdem força devido à falta de uso, doenças ou lesões. As causas variam consoante o tipo de atrofia.

Passamos a indicar as causas mais comuns da atrofia muscular por desuso e da atrofia muscular neurogénica.


Atrofia muscular por desuso (fisiológica)

Ocorre quando os músculos não são utilizados com frequência, levando o corpo a deixar de investir energia na sua manutenção. Em vez disso, começa a decompor os tecidos musculares. Esta forma de atrofia pode afetar pessoas que:

  • Levam uma vida sedentária;
  • Passam muito tempo sentadas (por exemplo, num ambiente de escritório);
  • Estão em repouso prolongado (devido a doença, lesão ou pós-operatório);
  • Não praticam exercício físico com regularidade;
  • Estão desnutridas ou com carências nutricionais;
  • Sofrem de doenças genéticas, como a distrofia muscular ou a doença de Charcot-Marie-Tooth;
  • Apresentam perda de massa muscular relacionada com o envelhecimento (sarcopenia);
  • Têm ou tiveram condições médicas que dificultam o movimento, como dermatomiosite ou um AVC.

Atrofia muscular neurogénica

Neste tipo, a causa está numa lesão ou doença que afeta os nervos que controlam os músculos. Quando os nervos estão danificados, deixam de enviar os sinais necessários para provocar contrações musculares. Como os músculos deixam de ser estimulados, o corpo entende que já não são necessários e começa a desintegrá-los.

Entre as doenças e condições que causam este tipo de atrofia estão:

  • Esclerose lateral amiotrófica (ELA);
  • Síndrome de Guillain-Barré;
  • Poliomielite;
  • Esclerose múltipla;
  • Lesões na medula espinal;
  • Síndrome do túnel cárpico (em casos mais localizados).

Atrofia muscular espinhal: um caso particular

A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença genética rara, causada pela mutação do gene SMN1, que afeta os neurónios motores da espinal medula. Existem vários tipos de AME, com diferentes graus de gravidade.

Os sintomas geralmente surgem nos primeiros meses ou anos de vida, mas também podem manifestar-se na idade adulta.

A esperança de vida nas formas mais graves pode ser reduzida, mas os avanços terapêuticos, como o nusinersen e a terapia génica (visa corrigir doenças através da manipulação direta dos genes), têm melhorado significativamente o prognóstico.


mulher com desconforto muscular

Quais os sintomas da atrofia muscular?

Os sintomas da atrofia muscular podem variar consoante a causa e grau de progressão da condição. Em geral, manifestam-se de forma lenta e progressiva, mas podem surgir de forma súbita em alguns casos. Os sinais mais comuns incluem:

  • Perda visível de massa muscular, especialmente nos braços, coxas ou pernas, os músculos tornam-se mais finos e menos definidos;
  • Fraqueza muscular generalizada, que dificulta a realização de movimentos simples e compromete a força física;
  • Dificuldade em realizar tarefas diárias, como levantar objetos, caminhar, subir escadas ou até manter-se de pé durante muito tempo;
  • Desequilíbrio e quedas frequentes, resultado da diminuição da força e estabilidade muscular;
  • Fadiga muscular após pequenos esforços, mesmo em atividades que antes eram feitas sem dificuldade;
  • Dor ou desconforto muscular, sobretudo quando os músculos são forçados após longos períodos de inatividade;
  • Perda de mobilidade nos casos mais graves, o que pode levar à dependência de ajuda para atividades básicas do dia a dia.

É importante estar atento a sinais de perda muscular repentina ou inexplicável, especialmente se acompanhada de outros sintomas neurológicos, como formigueiros, dormência ou perda de coordenação. Nestes casos, é essencial procurar avaliação médica, já que pode tratar-se de uma condição grave, como uma doença neuromuscular ou uma lesão nervosa.


Quais os fatores de risco?

Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver atrofia muscular, nomeadamente:

  • Estilo de vida sedentário;
  • Idade avançada;
  • Doenças neuromusculares hereditárias;
  • Internamentos hospitalares prolongados;
  • Lesões graves;
  • Alimentação pobre em nutrientes essenciais;
  • Abuso de álcool ou substâncias;
  • Doenças metabólicas ou endócrinas.

Como se diagnostica?

O diagnóstico da atrofia muscular tem por base a avaliação clínica, histórico médico detalhado, exames físicos e testes complementares. O objetivo é identificar a causa subjacente da perda de massa muscular e determinar o melhor plano de tratamento.

O médico começa por recolher informação sobre:

  • Quando começou a perda muscular;
  • Quais os músculos afetados;
  • Se há presença de dor, fraqueza, desequilíbrio ou quedas;
  • Nível de atividade física e hábitos alimentares;
  • Existência de doenças neurológicas, autoimunes ou genéticas;
  • Uso recente de medicamentos, imobilizações ou cirurgias.

Durante o exame físico, o médico observa visualmente a massa muscular, avalia a força, o tónus e a coordenação motora, além da capacidade de realizar movimentos simples.

Consoante a suspeita clínica, podem ser solicitados os seguintes exames:

  • Análises ao sangue: ajudam a identificar carências nutricionais, inflamação, marcadores de doenças musculares ou infeções;
  • Ressonância magnética (RM) ou tomografia computorizada (TC): permitem visualizar os músculos e nervos, avaliando a extensão da atrofia ou presença de lesões;
  • Eletromiografia (EMG) e estudos de condução nervosa: testam a função elétrica dos músculos e nervos, sendo fundamentais para distinguir entre atrofia por desuso e neurogénica;
  • Biópsia muscular: pode ser recomendada quando se suspeita de doenças genéticas ou inflamatórias, como a distrofia muscular;
  • Testes genéticos: são fundamentais para diagnosticar condições hereditárias como a atrofia muscular espinhal (AME), especialmente em crianças.

O diagnóstico precoce é essencial para travar a progressão da atrofia muscular e melhorar a qualidade de vida da pessoa afetada.


mulher a fazer exercício para tratar atrofia muscular

Há tratamento para a atrofia muscular?

Sim. O tratamento da atrofia muscular depende da causa subjacente, da gravidade da perda muscular e do estado geral da pessoa. O objetivo principal é recuperar ou preservar a função muscular, aliviar os sintomas e prevenir complicações futuras:

  • Fisioterapia e reabilitação funcional;
  • Exercício físico supervisionado por profissionais;
  • Reeducação motora e fortalecimento muscular;
  • Suplementação nutricional (vitaminas D e B12), quando necessário;
  • Acompanhamento multidisciplinar;
  • Tratamento da causa subjacente, como infeções, doenças neurológicas ou autoimunes.

Em casos de atrofia muscular espinhal, o tratamento pode incluir medicamentos modificadores da doença, terapias genéticas ou cirurgia ortopédica.


Como atenuar os sintomas?

Mesmo quando não é possível reverter completamente a atrofia dos músculos, é possível reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida com estas estratégias:

  • Estabelecer uma rotina de exercícios personalizados;
  • Apostar na fisioterapia neuromuscular;
  • Garantir uma alimentação adequada;
  • Integrar atividades de estimulação cognitiva e motora;
  • Utilizar ajudas técnicas ou ortóteses, quando necessário;
  • Participar em grupos de apoio ou programas de reabilitação.

Como prevenir a atrofia muscular?

A prevenção envolve, sobretudo, a manutenção de uma vida ativa e uma alimentação equilibrada. Aqui estão algumas recomendações práticas:

  • Exercício físico regular, incluindo treino de força e resistência (2 a 3 vezes por semana) e caminhada diária;
  • Alimentação rica em proteínas, vitaminas (especialmente D e B12) e minerais;
  • Hidratação adequada;
  • Evitar longos períodos de inatividade, especialmente em pessoas idosas ou com mobilidade reduzida;
  • Fisioterapia preventiva após lesões ou cirurgias;
  • Acompanhamento médico nas doenças crónicas.

O essencial a reter

A atrofia muscular pode afetar qualquer pessoa e resultar de causas simples, como o sedentarismo, ou de doenças mais complexas e progressivas.

Reconhecer os sinais, adotar um estilo de vida saudável, manter-se fisicamente ativo e procurar apoio médico são passos fundamentais para prevenir ou travar a evolução desta condição.

Se notar perda de força ou massa muscular, não ignore os sintomas. O diagnóstico precoce faz toda a diferença na recuperação.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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