criança a pesar-se

Calcular o IMC infantil: saiba se os mais novos estão com o peso indicado

5 mins. leitura

Índice

  1. 1. Importância do IMC na Criança
  2. 2. IMC VS. Obesidade
  3. 3. Peso Saudável
  4. 4. 1 aos 6 anos
  5. 5. 7 aos 10 anos

A Organização Mundial da Saúde classificou a obesidade infantil como um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI, dada a dimensão avassaladora que já atingiu.

Por isso, é importante estar atento e perceber se a criança tem o peso indicado para a idade e sexo. Uma das formas de o saber é calcular o IMC infantil.

Num adulto, o IMC (Índice de Massa Corporal) corresponde ao cálculo do peso corporal tendo em consideração a sua altura.

O cálculo do IMC infantil é diferente, uma vez que considera também o sexo e a idade, refletindo as mudanças naturais do crescimento.

Em adultos, um IMC elevado está associado a um maior risco de doenças como artrite, diabetes e problemas hepáticos.

Nas crianças, um IMC fora dos padrões adequados pode indicar propensão a desenvolver complicações de saúde ainda na infância ou na vida adulta, como hipertensão e resistência à insulina.


Por que se deve calcular o IMC infantil?

Para os especialistas, calcular o IMC é uma estratégia eficaz para avaliar a gordura corporal e acompanhar o crescimento saudável das crianças e jovens.

Além disso, o IMC infantil pode ajudar a identificar crianças em risco de obesidade ou padrões de crescimento fora do esperado.

No entanto, em alguns casos, esse cálculo pode indicar resultados imprecisos. Crianças atléticas, em particular, podem ser incluídas na categoria de excesso de peso quando, na realidade, têm mais massa muscular.

Apesar de o IMC infantil ser uma ferramenta importante, é aconselhável consultar o médico para interpretar corretamente os valores da calculadora.

Os resultados devem ser considerados com outros fatores, incluindo histórico médico e resultados de exames físicos, clínicos e laboratoriais.


mulher mede perímetro abdominal de jovem

IMC infantil: uma forma de diagnóstico da obesidade nas crianças

Calcular o percentil do IMC da criança pode confirmar o diagnóstico precoce de excesso de peso ou obesidade.

Ao contrário dos adultos, o IMC infantil é comparado a tabelas de referência que consideram a idade e o sexo da criança. Esse método permite avaliar se o peso é adequado ao estágio de desenvolvimento e fornece um panorama mais preciso sobre a sua saúde.

A título de exemplo, uma criança do sexo feminino que tenha 5 anos, 21 quilos de peso e 1,08 metros de altura tem um IMC de 18. Ao consultar a tabela de percentis do IMC para meninas dessa idade, verifica-se que ela está entre o percentil 85 e 97, indicando excesso de peso.

Mediante os vários tipos de obesidade infantil, os valores do IMC considerados para essa avaliação são:


Classificação Valores Significado
Baixo peso IMC abaixo de percentil 5 para a idade e sexo Os valores indicam que a criança está abaixo do peso ideal para o seu desenvolvimento.
Peso normal IMC entre percentil 5 e percentil 85 para a idade e sexo Os valores indicam que a criança está com o peso ideal para o seu desenvolvimento.
Excesso de peso IMC acima de percentil 85 até percentil 95 para a idade e sexo Os valores sugerem risco de obesidade e necessidade de acompanhamento.
Obesidade IMC maior que percentil 95 para a idade e sexo Os valores sugerem que a criança está acima do peso recomendado, o que pode aumentar o risco de problemas de saúde.
Obesidade grave IMC >=35 kg/m² Os valores indicam obesidade severa e um risco ainda maior de complicações relacionadas com o peso.

Dicas para um peso infantil saudável

No que diz respeito às crianças, não há um peso ideal, uma vez que o mesmo depende da altura, da idade e do sexo.

Contudo, existem algumas estratégicas que podem ser adotadas, em função de cada faixa etária, para prevenir excesso de peso ou obesidade.


De 1 a 6 anos

Geralmente, nessas idades, as crianças devem manter o peso ou ganhá-lo lentamente.

A criança, assim como toda a família, pode comer de forma mais saudável recorrendo a algumas medidas simples, nomeadamente:

  • Incentivar bons hábitos alimentares: três refeições e dois lanches por dia podem evitar que a criança fique com muita fome, tornando-a menos propensa a comer em demasia;
  • Reduzir alimentos processados: optar por fruta e vegetais, assim como substituir pão branco, arroz e massa pelas suas versões integrais podem ajudar a criança a sentir-se saciada por mais tempo;
  • Evitar bebidas açucaradas: é preferível substituir sumos e refrigerantes por água e leite magro ou meio-gordo;
  • Fazer pequenas mudanças: evitar mudanças bruscas na alimentação, pois isso pode deixar a criança confusa e resistente. Em vez disso, introduza gradualmente novos alimentos e hábitos a cada semana, permitindo que a criança se adapte de forma mais natural.
mãe e filha na natação

Dos 7 aos 10 anos

Crianças entre os 7 e os 10 anos já têm opiniões próprias sobre o que gostam de comer, mas cabe aos pais fornecer as ferramentas necessárias para fazerem escolhas saudáveis no futuro.

Nesse sentido, pode seguir algumas dicas simples, incluindo:

  • Abastecer a despensa com alimentos nutritivos: uma boa estratégia é manter em casa alimentos nutritivos, como fruta fresca, cereais integrais e vegetais, para facilitar escolhas saudáveis. Por exemplo, ao disponibilizar maçãs ou bananas, em vez de biscoitos ou doces, a criança optará naturalmente pelas alternativas mais saudáveis;
  • Incluir as crianças na preparação de refeições: além de ser um ótimo momento para os pais explicarem as bases de uma alimentação saudável através do planeamento de refeições ou ida às compras, a criança tende a sentir-se mais motivada a comer uma refeição saudável se tiver participado ativamente na sua preparação;
  • Estabelecer regras para o tempo de ecrã: o tempo em frente à televisão ou ao telemóvel pode traduzir-se em ganho de peso, sendo aconselhável limitar essa utilização e incentivar a prática de exercício físico, num total de 60 minutos diários, como andar de bicicleta, jogar à bola ou nadar;
  • Ser um exemplo para os mais novos: é normal que as crianças imitem o que os adultos fazem. Por isso, os pais devem ser eles próprios um exemplo dos bons hábitos que pretendem incutir nos filhos.

Dos 11 aos 17 anos

Pré-adolescentes e adolescentes já têm idade para tomar decisões sobre a sua própria saúde, mas ainda precisam da orientação dos adultos.

Por isso, experimente:

  • Comunicar da forma certa: o diálogo deve ser sobre ser saudável e ativo, tirando o foco da perda de peso, uma vez que comentários depreciativos podem prejudicar a autoestima dos mais novos e desmotivá-los;
  • Manter os horários das refeições: os jovens têm agendas cada vez mais preenchidas, mas é importante comer em família, sempre que seja possível;
  • Oferecer apoio e incentivo em novas atividades: é fundamental entender as motivações dos mais novos quando o assunto é emagrecer, certificando-se de que estas não têm como base imitar o físico de uma celebridade, por exemplo. Pode ajudar o seu filho a fazer escolhas saudáveis ao seguir algumas estratégias, como não ter alimentos processados em casa ou planear atividades em família que exijam exercício físico, como andar de bicicleta à noite. Ajudar os mais novos a encontrar um desporto de que gostem também é fundamental, além de que esse tipo de atividade proporciona momentos de socialização e inclusão entre os seus pares.

A importância de contrariar a tendência de excesso de peso

O IMC infantil é apenas uma forma de perceber se a criança está saudável, sendo a atenção dos pais fundamental para contrariar a tendência de excesso de peso.

É importante lembrar que cada criança tem um desenvolvimento único e o acompanhamento regular de um pediatra ou nutricionista pode ajudar a garantir que a criança esteja no caminho certo para uma saúde plena e equilibrada.

Caso haja preocupações com o peso ou hábitos alimentares, procurar o suporte de um profissional é sempre a melhor opção.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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