médica analisa pescoço de paciente

Linfoma: que tipo de cancro é este e qual o tratamento?

4 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Tipos de Linfoma
  3. 3. Sintomas
  4. 4. Diagnóstico
  5. 5. Tratamento do Linfoma

Segundo dados da Liga Portuguesa contra o Cancro, todos os anos são diagnosticados em Portugal cerca de 1700 novos casos de linfoma. Este tumor é mais comum em homens do que em mulheres e a incidência cresce com a idade, sobretudo a partir dos 60 anos.

O aumento no tamanho dos gânglios é um dos sintomas desta doença, cujo tratamento é semelhante ao de outros problemas oncológicos. Saiba o que é o linfoma e que terapias estão disponíveis.


O que é o linfoma

Um linfoma é um tumor maligno do sistema linfático. Este sistema é formado pelos órgãos linfáticos primários (medula óssea e timo) e pelos órgãos e tecidos linfáticos secundários (gânglios, amígdalas, baço, tecido linfóide associado às mucosas). Estes órgãos são ligados pelos vasos linfáticos, onde circula a linfa, composta por glóbulos brancos.

A função do sistema linfático é transportar nutrientes e defender o organismo contra as infeções. O linfoma surge quando se dá uma acumulação de linfócitos malignos nos gânglios linfáticos.

Entre os fatores de risco estão situações em que o sistema imunitário fica desregulado, o que pode acontecer pela ação de vírus, bactérias, agentes químicos, radioativos, dieta ou idade.

A Liga Portuguesa contra o Cancro explica que existe um maior risco de incidência nas situações que provoquem ou estimulem o sistema imunitário, nomeadamente: infeção por HIV, Hepatite C, vírus epstein barr, helicobacter pilori, doenças autoimunes ou imunossupressão mediada por fármacos.


Tipos de linfoma

Há dois tipos de linfomas: linfomas de Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH).

Os tumores no sistema linfático surgem como todos os outros: quando as células se multiplicam de uma forma anormal, formando uma massa de tecido. O linfoma pode ocorrer apenas num nódulo linfático, num grupo de nódulos linfáticos ou ainda noutras partes do sistema linfático, como a medula óssea ou o baço.

Nos linfomas não Hodgkin, que se tratam dos mais frequentes, as células do sistema linfático aumentam de maneira descontrolada, levando a que estas massas surjam em qualquer parte do corpo.

Já nos linfomas de Hodgkin, o tumor aparece num determinado grupo de gânglios, disseminando-se de forma ordenada e contígua (por exemplo, do pescoço para a zona da clavícula).

Os linfomas também pode ser classificados consoante a sua velocidade de crescimento:

  • Indolentes ou baixo-grau: crescem devagar e revelam poucos sintomas;
  • Agressivos (ou grau intermédio ou de alto grau): o crescimento e a disseminação são rápidos e os sintomas mais graves.

De referir que os linfomas indolentes podem, com o passar do tempo, tornar-se agressivos.


homem deitado na cama a medir a febre com termómetro

Sintomas

Os linfomas podem não ter sintomas específicos e manifestar-se apenas através de cansaço e febre. Há, no entanto, sinais mais frequentes, a que se deve estar atento, como o aumento de gânglios no pescoço, acima das clavículas, axilas ou virilhas.

Existem igualmente sintomas que estão relacionados com o surgimento de linfomas noutras zonas do corpo. Por exemplo, o aparecimento de nódulos cutâneos é comum nos linfomas de pele, enquanto dores de cabeça, perturbações visuais e alterações da consciência surgem quando existe linfoma do sistema nervoso central.

Quando há um aumento dos gânglios do tórax, podem surgir sintomas como tosse, dor torácica ou falta de ar. Se for no abdómen, além de desconforto, é possível ter dores e alterações do trânsito intestinal ou urinário.

Há ainda outros sintomas comuns:

  • Febre persistente que se acentua à noite;
  • Suores noturnos que obrigam a mudar de roupa;
  • Emagrecimento (perder mais de 10% do peso) e falta de apetite;
  • Cansaço fácil, por vezes causado por anemia;
  • Comichão, com ou sem alterações da pele;
  • Infeções frequentes, como pneumonia, zona ou alergias.

mulher a ser submetida a uma tomografia

Diagnóstico

O diagnóstico dos linfomas é feito através da história clínica do paciente e da realização de exames, como análises ao sangue (hemograma, avaliação das funções dos rins e fígado, estudo de coagulação), biópsias dos gânglios e avaliação da medula óssea.

Para avaliar a extensão da doença e como esta responde ao tratamento, também podem ser necessários exames como radiografias, TAC (tomografia computorizada) e PET (Tomografia por Emissão de Positrões).

O diagnóstico vai permitir avaliar o estádio da doença, para que seja definido o tratamento mais adequado. O estádio é estabelecido segundo o sistema de Ann Arbor:

  • Estádio I: só está envolvida uma cadeia de gânglios, órgão ou local extra ganglionar;
  • Estádio II: envolvimento de duas ou mais cadeias ganglionares do mesmo lado do diafragma ou de órgãos contínuos;
  • Estádio III: cadeias ganglionares de ambos os lados do diafragma, podendo incluir o baço;
  • Estádio IV: vários focos de envolvimento de mais do que um órgão extra ganglionar.

Tratamento do linfoma

O tratamento vai depender de fatores, como o tipo de linfoma, estádio, existência ou não de outras doenças, idade e estado geral do doente.

Geralmente, a abordagem escolhida passa pela associação de vários tratamentos, incluindo quimioterapia, medicamentos derivados da cortisona e anticorpo monoclonal, para eliminar as células malignas.

A radioterapia localizada nos gânglios ou órgãos afetados é usada quando o tumor é volumoso ou quando está bastante localizado. Se o linfoma for mais agressivo ou resistir aos tratamentos, o recurso ao transplante de células estaminais é uma hipótese.

Segundo a Associação Portuguesa contra a Leucemia, cerca de 77% dos doentes com linfoma estão vivos cinco anos após o diagnóstico e os novos tratamentos que vão surgindo melhoram as perspetivas de cura e sobrevivência.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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