conjunto de elementos alusivos à diabetes

Pré-diabetes: quais os sintomas e os sinais de alerta associados?

4 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Quais os sintomas?
  3. 3. Quais as causas?
  4. 4. Diagnóstico
  5. 5. Tratamento

No nosso país, segundo a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), mais de um em cada três adultos tem pré-diabetes. Ou seja, têm uma predisposição para vir a ser diabéticos.

Contudo, ter pré-diabetes não significa necessariamente que venha a sofrer de diabetes, mas sim um sinal de alerta para que tome alguns cuidados. A boa notícia é que esta condição médica pode desaparecer com uma mudança de estilo de vida.

Neste artigo, pode ficar a saber quais os sintomas associados à pré-diabetes, o que a origina e como pode ser revertida ou prevenida.


O que é a pré-diabetes

A pré-diabetes ocorre quando os valores da glicose no sangue são mais elevados do que é normal, mas não suficientemente altos para que a pessoa seja considerada diabética. Estes níveis de glicose anormais representam, por isso, um risco acrescido para que se venha a sofrer de diabetes tipo 2.

Os valores de referência para a pré-diabetes são definidos por entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS) ou a American Diabetes Association. Têm em conta indicadores como glicemia de jejum alterada, tolerância à glicose diminuída ou glicose pós-prandial, avaliados através de exames clínicos, como análises ao sangue.


Quais os sintomas de pré-diabetes?

Na maior parte dos casos, a pré-diabetes não manifesta nenhum tipo de sintoma, pelo que pode ser difícil ter consciência de que está a desenvolver este problema. Muitas vezes, só é possível chegar a um diagnóstico através de exames médicos.

Ainda assim, se começou a ter mais sede e fome do que o habitual, perda de peso ou cansaço, partilhe essas informações com o seu médico, já que podem ser sinais sugestivos de pré-diabetes.


mulher a recusar fatia de bolo

O que causa a pré-diabetes?

Tal como a diabetes, a pré-diabetes é um sinal de que as células não respondem normalmente à insulina ou há uma produção de quantidades insuficientes de insulina pelo pâncreas. A insulina é uma hormona produzida pelo pâncreas que permite regular os níveis de glicose no sangue.

Quando o pâncreas tem de produzir mais insulina para tentar fazer com que as células respondam, esta pode não ser suficiente, fazendo com que o açúcar no sangue aumente, preparando o terreno para a pré-diabetes e, no futuro, para a diabetes tipo 2.

A predisposição para a diabetes – e pré-diabetes – é maior em certos grupos. Assim, é recomendável falar com o seu médico, se tem:

  • Excesso de peso ou obesidade;
  • Mais de 45 anos;
  • Hábitos sedentários;
  • Colesterol e/ou triglicerídeos elevados;
  • Hipertensão arterial;
  • Familiares com diabetes tipo 2.

As mulheres com síndrome do ovário poliquístico têm também uma maior predisposição para este problema, assim como as que sofreram diabetes gestacional ou que tiveram filhos com mais de 4,5 quilos à nascença.

É possível calcular o risco de vir a sofrer de diabetes, através de um teste elaborado pela Sociedade Portuguesa de Diabetologia ou preenchendo este formulário, da Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).


Diagnóstico

Segundo a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), uma análise de sangue é suficiente para saber se tem pré-diabetes, já que os testes utilizados para o diagnóstico são os mesmos da diabetes, mas com valores de referência mais baixos.

No entanto, os medidores de glicose que usam sangue do dedo não são os mais indicados para diagnosticar pré-diabetes, uma vez que o nível de precisão é menor.

As análises ao sangue são, por isso, o melhor método para diagnosticar a doença. Segundo a SPEMD, os valores de referência mais comuns são os utilizados pela American Diabetes Association:

  • Anomalia da glicose em jejum: glicose no sangue entre 100 e 125 mg/dl, inclusive, após um jejum de pelo menos 8 horas;
  • Diminuição da tolerância à glicose: glicose no sangue entre 140 e 199 mg/dl, inclusive, após uma prova de tolerância oral à glicose (ingestão de 75 gramas de glicose);
  • Valor de hemoglobina glicosilada A1c (HbA1c: média dos valores de glicose no sangue nos últimos 3 meses) entre 5,7 e 6,4%.

Se as suas análises mostram que estes indicadores foram ultrapassados, é muito provável que seja diabético, devendo ficar alerta para esta possibilidade se tiver:

  • Glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;
  • Glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço de tempo.

casal a correr no parque

Tratamento

Ao contrário do que acontece com outros tipos de diabetes, a pré-diabetes pode ser revertida. Ou seja, é possível atrasar ou impedir o aparecimento de diabetes.

Além de medicamentos como a metformina (usada sobretudo em doentes com excesso de peso), os pré-diabéticos devem adotar hábitos saudáveis, para evitar formas mais graves de diabetes.

Uma das principais maneiras de reverter a pré-diabetes é através da alimentação. Quando for às compras ou preparar as suas refeições, deve:

  • Optar por ingerir fibras, escolhendo alimentos como fruta, cereais integrais e leguminosas;
  • Beber água;
  • Evitar sumos açucarados e bebidas alcoólicas;
  • Evitar bolos, bolachas, chocolates, entre outras guloseimas;
  • Evitar alimentos processados, com adição de açúcares, sal, óleos, conservantes.

A atividade física é outro aliado importante para reverter a pré-diabetes. Estar muito tempo sentado ou deitado não é saudável. Por isso, é essencial caminhar, andar de bicicleta ou praticar qualquer tipo de desporto que goste, duas ou três vezes por semana (bastam 30 a 45 minutos de cada vez).

Se tem excesso de peso, perder entre 5% e 10% desse peso também permite evitar que a pré-diabetes se transforme em diabetes.


Como prevenir pré-diabetes? 3 hábitos a adotar

A pré-diabetes pode ser prevenida com a adoção de alguns hábitos, nomeadamente:

  • Fazer uma alimentação saudável, apostando em frutas, legumes e cereais integrais, em detrimento de produtos com açúcar e processados;
  • Praticar exercício físico, trocando o sofá por uma caminhada ou por uma ida ao ginásio também. A SPEDM diz que a prática de exercício físico reduz até 44% o risco de vir a ser diabético. Se este hábito for acompanhado de uma mudança do padrão alimentar, pode diminuir até 58% o risco de ter diabetes;
  • Manter um peso equilibrado e, se necessário, perder algum, também minimiza bastante a possibilidade de evolução da pré-diabetes.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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