
Pancreatite aguda: tudo sobre esta inflamação no pâncreas
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Índice
- 1. Fatores de Risco
- 2. Sintomas
- 3. Complicações
- 4. Tratamento
- 5. Prevenção
A pancreatite aguda é uma condição inflamatória súbita que afeta o pâncreas, um órgão vital para a digestão e o controlo do açúcar no sangue.
Esta condição difere da pancreatite crónica, em que o pâncreas fica permanentemente danificado pela inflamação que ocorre ao longo de muitos anos.
Neste artigo, vamos perceber as causas e fatores de risco, os sintomas, as opções de tratamento e as medidas de prevenção da pancreatite aguda. Compreender esta condição é fundamental para reconhecer os sinais de alerta e procurar ajuda médica atempadamente.

Causas e fatores de risco da pancreatite aguda
As causas mais comuns de pancreatite aguda são:
- Álcool: a maioria das pessoas que bebe álcool não desenvolve pancreatite, mas, em outros casos, pode surgir após ingerir quantidades excessivas de álcool. Aliado à bebida, o tabaco pode aumentar o risco de uma condição aguda.
- Cálculos biliares: se saírem da vesícula biliar, os cálculos podem bloquear o ducto pancreático, o que significa que as enzimas não conseguem fluir adequadamente. Nessas situações, as enzimas regressam ao pâncreas, que, por sua vez, fica inflamado.
- Complicação de um procedimento médico: a pancreatite aguda pode desenvolver-se após uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), em cerca de 5% a 8% dos pacientes.
Em muitos casos, não é possível identificar a causa.
Há fatores que podem aumentar o risco de uma condição aguda de pancreatite, nomeadamente:
- Medicamentos, como diuréticos, imunossupressores e para tratar VIH;
- Condições metabólicas, como diabetes, níveis altos de cálcio ou de triglicéridos no sangue;
- Algumas infeções, como papeira ou hepatite viral;
- Cirurgia abdominal;
- Obesidade;
- Trauma grave;
- Histórico familiar de pancreatite.

Sintomas
O sintoma mais comum da pancreatite aguda é a dor abdominal superior, podendo ser tolerável ou grave.
Geralmente, a dor ocorre no meio do corpo, logo abaixo das costelas, mas, às vezes, é sentida no lado esquerdo ou direito. É uma dor constante e pode espalhar-se para as costas, flanco, peito ou abdómen inferior, atingindo rapidamente a intensidade máxima.
Os sintomas da pancreatite podem variar e podem incluir:
- Sensibilidade ao tocar na barriga;
- Náuseas e vómitos;
- Inchaço abdominal;
- Dor de estômago;
- Perda de apetite;
- Pulsação rápida.
Em casos graves, a pancreatite aguda pode apresentar sintomas como febre, fraqueza, dificuldades respiratórias e choque.
Potenciais complicações
Na maioria das vezes, a pancreatite aguda desaparece por si só após alguns dias. No entanto, alguns pacientes desenvolvem complicações, que podem incluir:
- Insuficiência renal, dado que a pancreatite pode fazer com que os rins não filtrem os resíduos do sangue;
- Problemas respiratórios, uma vez que pode causar alterações no funcionamento dos pulmões;
- Infeção, uma vez que esta condição aguda torna o pâncreas mais vulnerável;
- Desnutrição, tanto na pancreatite aguda como na crónica, já que o pâncreas pode não produzir enzimas suficientes para o sistema digestivo.
Apesar de não serem conhecidas as causas para o cancro do pâncreas, um dos fatores de risco é a pancreatite crónica, que, geralmente, está associada ao consumo de álcool e tabaco.
Tratamento
O tratamento para a pancreatite aguda passa por ajudar a controlar a situação e a gerir quaisquer sintomas que possam surgir.
Por isso, é provável que o paciente seja submetido a internamento hospitalar. Dependendo do caso clínico, o tratamento pode variar, consistindo em:
- Líquidos por via intravenosa;
- Medicamentos para aliviar a dor;
- Antibióticos, caso haja infeção no pâncreas;
- Dieta com baixo teor de gordura ou jejum, para promover a recuperação do pâncreas.
A maioria das pessoas melhora numa semana e recupera o suficiente para ter alta. Em casos mais graves que envolvam complicações, a recuperação do paciente pode demorar mais.
Prevenção
Uma vez que a pancreatite aguda é frequentemente causada por cálculos biliares ou consumo excessivo de álcool, adotar um estilo de vida saudável pode reduzir as probabilidades de desenvolver esta condição.
Além de evitar ou não beber álcool de todo, a maneira mais eficaz de prevenir cálculos biliares é seguir uma dieta equilibrada.
Por isso, é aconselhável:
- Incluir pelo menos cinco porções de fruta e vegetais frescos por dia;
- Incluir grãos integrais na alimentação;
- Evitar alimentos gordurosos com alto teor de colesterol;
- Manter um peso saudável;
- Praticar exercício físico.