mulher com uma perna sem pelos e a outra com excesso de pelos

Tem excesso de pelo? Saiba se sofre de algum distúrbio

4 mins. leitura

Indíce
  1. 1. Hipertricose e Hirsutismo
  2. 2. Causas
  3. 3. Sinais de Alerta
  4. 4. Diagnóstico
  5. 5. Tratamento

O excesso de pelo pode ser uma preocupação estética para muitos, especialmente para as mulheres. No entanto, pode também ser sintoma de um possível distúrbio subjacente.

Saiba, a seguir, o que pode causar a pilosidade excessiva, os sinais de alerta, quando deve procurar um médico, bem como quais as opções de tratamento disponíveis.


homem a remover excesso de pelos no peito com máquina de barbear

Diferenças entre hipertricose e hirsutismo

A hipertricose e o hirsutismo são duas condições que envolvem o crescimento excessivo de pelos no corpo, mas têm diferenças significativas em termos de causas, distribuição de pelos e abordagens de tratamento.

Por norma, os pelos da hipertricose são finos e lanosos. Podem crescer em qualquer parte do corpo, incluindo áreas não associadas ao crescimento de pelos em excesso.

Ambos os sexos podem ser afetados pela hipertricose. A sua causa pode ser genética ou hereditária. Contudo, também pode ser adquirida, nomeadamente por via de determinados tratamentos médicos.

A hipertricose é menos comum do que o hirsutismo e pode estar presente desde o nascimento ou desenvolver-se ao longo do tempo.

Além de ser uma condição rara, a hipertricose não tem cura. Porém, é possível reduzir temporariamente a quantidade de pelos e melhorar a estética, recorrendo a uma variedade de métodos de curto prazo ou depilação a laser, para resultados mais duradouros.


Hirsutismo: causas, sinais de alerta, diagnóstico e tratamento

O hirsutismo carateriza-se pelo excesso de pelos no corpo feminino em áreas onde normalmente as mulheres têm pelos finos ou quase inexistentes: rosto, peito, costas, região abdominal, entre outras áreas do corpo. Embora seja mais comum nas mulheres, também pode afetar os homens.


Causas para o excesso de pelo

O crescimento de pelos em excesso está associado ao aumento da sensibilidade da pele e/ou produção excessiva de androgénios.

Ainda que tanto os homens como as mulheres produzam androgénios, os níveis destas hormonas masculinas são, por norma, baixos nas mulheres. No entanto, existem algumas doenças, bem como o uso de determinados medicamentos, que podem motivar este desequilíbrio hormonal, nomeadamente:

  • Síndrome do Ovário Policístico (SOP): esta é uma das causas mais comuns de hirsutismo, sendo responsável por cerca de 70% dos casos. A formação de quistos benignos nos ovários pode afetar a produção hormonal, causando excesso de pelos, em simultâneo com outras condições, como ciclos menstruais irregulares e problemas de fertilidade;
  • Distúrbios da glândula adrenal: podem aumentar os níveis de androgénios e criar um desequilíbrio hormonal. São exemplos desses distúrbios o cancro adrenal, tumores adrenais e hiperplasia adrenal congénita;
  • Uso de determinados medicamentos: entre os medicamentos que podem causar o crescimento excessivo de pilosidades corporais ou faciais estão o minoxidil, esteroides anabolizantes, testosterona, ciclosporina e certos anticoncecionais.

Em algumas situações, as mulheres podem apresentar hirsutismo idiopático, o que significa que não existe causa detetável para o desenvolvimento do hirsutismo, sendo que este ocorre de forma isolada. Normalmente, esta situação é crónica e o tratamento pode ser mais difícil.


Sinais de alerta

O hirsutismo não é uma doença, mas sim um sintoma comum a várias doenças. Há certos sinais que podem alertar para a necessidade de procurar um médico, tais como:

  • Crescimento repentino e excessivo de pelos em áreas do corpo que normalmente não são propensas a ter pelos;
  • Mudanças na voz devido a alterações hormonais, tornando-a mais grave;
  • Acne grave causada pelo aumento da produção de sebo na pele;
  • Irregularidades na menstruação, como ciclos menstruais muito longos ou ausentes;
  • Obesidade ou aumento de peso;
  • Queda de cabelo semelhante à calvície masculina;
  • Infertilidade.

Entre os outros sintomas estão o aumento do clitóris (clitoromegalia) e aumento do tamanho das glândulas sebáceas na pele.


Diagnóstico do hirsutismo

O diagnóstico do hirsutismo é feito com base numa avaliação clínica detalhada e exames para determinar a causa. O médico pode pedir análises de sangue para medir os níveis hormonais. Pode igualmente prescrever análises de sangue adicionais para verificar se existem outras patologias subjacentes, nomeadamente diabetes.

Também podem ser realizadas ecografias e/ou tomografias e ressonâncias magnéticas aos ovários e às glândulas suprarrenais, para verificar a presença de possíveis tumores ou quistos que possam estar relacionados com o crescimento anormal de pelos.

mulher a fazer tratamento facial para o excesso de pelos

Tratamento do hirsutismo

O tratamento envolve o uso de medicamentos e ações de estética. A escolha da opção mais indicada deve ter como base a gravidade do hirsutismo, a causa e o impacto na qualidade de vida da mulher.

Qualquer tratamento deve ter uma duração mínima de seis meses, que é quanto demora o ciclo de crescimento do pelo. Só passado este tempo é que é possível avaliar a eficácia do tratamento. Se não houver uma melhoria satisfatória, deve ajustar-se a dose, mudar o medicamento ou usar terapias combinadas.

As medidas farmacológicas mais utilizadas para tratar o hirsutismo são:

  • Contracetivos combinados;
  • Antiandrógenos, medicamentos que bloqueiam a produção ou ação das hormonas masculinas;
  • Cremes tópicos que retardam o crescimento dos pelos.

As medidas de estética incluem:

  • Descoloração dos pelos;
  • Depilação com cera, creme depilatório ou lâmina;
  • Depilação por eletrólise;
  • Fotodepilação;
  • Depilação a laser.

Como a Síndrome do Ovário Policístico é a causa mais comum do hirsutismo, é especialmente importante adotar hábitos de vida saudáveis, como uma dieta equilibrada e exercícios regulares para controlar o peso corporal.

Geralmente, o hirsutismo não está relacionado com uma doença grave e não tem outras consequências clínicas, mas pode ter um impacto significativo na autoestima e na qualidade de vida das mulheres. Portanto, é importante reconhecê-lo e procurar o tratamento adequado.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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