mulher com a embalagem da pílula na mão

O que deve saber sobre a utilização da pílula

4 mins. leitura

Há mais de meio século que a pílula revolucionou a vida sexual dos casais, bem como a saúde íntima feminina. Desde que foi criado, este comprimido foi evoluindo e reunindo cada vez mais vantagens, além da prevenção de uma gravidez indesejada.

Entre os seus benefícios estão:

  • A regularização dos ciclos menstruais;
  • As hemorragias menos abundantes;
  • A melhoria da tensão pré-menstrual e da dismenorreia;
  • A redução do risco de Doença Inflamatória Pélvica (DIP), do cancro do ovário e do endométrio, dos quistos funcionais do ovário, da doença poliquística, da doença mamária benigna e da anemia.

Apesar das suas vantagens, devemos ter noção de que a pílula também tem efeitos secundários e contraindicações e que há alguns cuidados que deve ter na sua toma.

Além disso, importa evitar ao máximo esquecimentos na sua toma e nunca esquecer que este contracetivo não previne a transmissão das Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST), razão pela qual também deve ser usado preservativo durante as relações sexuais.


O que é a pílula e como é que ela atua?

A pílula é um método contracetivo oral e hormonal que evita em 99% as gravidezes indesejadas, desde que tomada de forma regular, sempre à mesma hora e após sete dias de toma consecutiva.

Para ter este efeito, a generalidade das pílulas possui hormonas sintéticas que simulam as hormonas produzidas pelos ovários. Deste modo, estas hormonas sintéticas inibem as ovulações, impedindo que a mulher tenha período fértil.

O anticoncepcional oral também modifica o muco cervical, com o objetivo de dificultar a penetração do espermatozóide.


Tipos de pílula

Existem diferentes tipos de pílulas, os quais se distinguem, essencialmente, pela sua dosagem e pelas hormonas que a compõem.

A opção por um tipo de pílula em detrimento de outro deve ter em conta uma recomendação médica, a qual deve ter por base aspetos como a história clínica e a faixa etária em que a mulher se insere.


Principais tipos de pílula e suas caraterísticas
Pílula monofásica Comprimidos com a mesma dosagem e compostos por estrogénios e progestagénios. Os comprimidos devem ser tomados, consecutivamente, durante 21 dias, seguidos de uma interrupção de 7 dias.
Pílula bifásica Comprimidos com duas dosagens distintas e compostos por estrogénios e progestagénios.
Pílula trifásica Comprimidos com três dosagens diferentes, que simulam o ciclo menstrual e que são compostos por estrogénios e progestagénios.
Pílula sem estrogénios Pílula indicada para mulheres que não podem tomar estrogénios, como é o caso das lactantes. Os comprimidos devem ser tomados de forma contínua, sem paragens.

mulher com a embalagem da pílula na mão

Efeitos secundários e contraindicações

A pílula, sobretudo nos primeiros meses de toma, pode ter alguns efeitos colaterais, tais como:

  • Náuseas;
  • Vómitos;
  • Alterações no peso;
  • Alterações na tensão arterial;
  • Alterações na sensibilidade mamária;
  • Alterações no fluxo menstrual;
  • Pequenas perdas de sangue.

Também há situações em que a pílula está contraindicada ou não é especialmente recomendada:

  • Gravidez;
  • Neoplasia hormono dependente;
  • Hemorragia genital anormal e não diagnosticada;
  • Tumor hepático;
  • Doença hepática crónica;
  • Icterícia colestática na gravidez;
  • Risco de AVC, doença arterial cerebral ou coronária;
  • Mulheres com mais de 35 anos e fumadoras;
  • Mulheres que sofram de varizes, diabetes mellitus, hipertensão ou hiperlipidémia, depressão, epilepsia e/ou cefaleia grave.

Cuidados a ter

Além de ter em atenção os efeitos secundários e as contraindicações associadas à pílula que falámos anteriormente, é importante ter outros cuidados com a toma destes comprimidos, nomeadamente em situações que podem pôr em causa a eficácia deste contracetivo.

Lembrando que cada pílula pode ter fórmula e dosagens distintas, deve ter-se em atenção a forma de uso de cada uma, principalmente em casos de esquecimentos.

É este o caso da toma de determinados medicamentos, mas também de condições como vomitar ou ter diarreia.

O que fazer no caso de vomitar, depois de tomar a pílula?

  • Se vomitar até quatro horas depois da toma da pílula, deve tomar outra pílula;
  • Se vomitar quatro ou mais horas depois da toma da pílula, a eficácia contracetiva está garantida, por isso, não deve voltar a tomar uma pílula nesse dia.
mulher com a embalagem da pílula na mão

O que fazer no caso de ter diarreia, depois de tomar a pílula?

Neste caso, apenas deve tornar a tomar a pílula respeitante a esse dia se:

  • A diarreia ocorrer quatro ou mais horas depois da altura da toma;
  • A diarreia for líquida;
  • Registar cinco ou mais episódios de diarreia num dia.

O que deve fazer se se esquecer de tomar a pílula?

As medidas a adotar no caso de se ter esquecido de tomar a pílula vão depender do atraso na toma e da altura do mês em que o esquecimento ocorreu.

Como deve proceder se o atraso na toma da pílula for inferior a 24 horas?
Tomar a pílula esquecida
Prosseguir com a toma normal das restantes pílulas, nos dias previstos.

Como deve proceder se se tiver esquecido de tomar duas ou mais pílulas?

Primeira semana (da 1ª à 7ª pílula)

  • Tomar as pílulas em atraso;
  • Fazer a contraceção de urgência/“pílula do dia seguinte” (caso tenha tido relações sexuais nos três dias anteriores);
  • Usar preservativo nas relações sexuais que tiver nos sete dias seguintes.

Segunda semana (da 8ª à 14ª pílula)

  • Continuar a toma da embalagem de pílulas;
  • Usar preservativo nas relações sexuais que tiver nos sete dias seguintes.

Terceira semana (da 15ª à 21ª pílula)

  • Acabar de tomar a embalagem de pílulas e iniciar uma nova sem parar;
  • Usar preservativo nas relações sexuais que tiver nos sete dias seguintes.

Nota: Em caso de dúvida, contacte um profissional de saúde ou ligue para a Sexualidade em Linha (800 222 003).

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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