mulher deitada na mesa com vários copos de café e o computador portátil

O que é a fadiga crónica e como combatê-la

4 Dezembro, 2021 • 5 mins. leitura

Para a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome da fadiga crónica tem como principal sintoma um cansaço intenso.

A fadiga crónica pode agravar com a prática de atividade física ou mental e não passa com descanso. Consequentemente, o doente sente-se sempre cansado, sem motivo aparente, independentemente do tempo que esteja em repouso.

Esta síndrome afeta principalmente pessoas entre os 20 e os 50 anos de idade, sendo descrita com mais frequência em mulheres jovens e na meia-idade, embora tenha sido observada em indivíduos de todas as idades.

Contudo, geralmente, os fatores causadores desta síndrome não são conhecidos. Sabe-se, apenas, que podem ter causas orgânicas, como uma infeção, ou psicológicas, como o stress ou um trauma.


Sintomas da fadiga crónica

Há quem confunda a fadiga crónica com depressão. Não é a mesma coisa, no entanto, é certo que os dois problemas andam, muitas vezes, lado a lado. Há estudos que comprovam que as pessoas com Síndrome de Fadida Crónica (SFC) têm uma propensão muito maior para a depressão do que o resto da população.

Sem exames objetivos que confirmem a doença, a existência destes sintomas, de forma prolongada, por pelo menos seis meses consecutivos ou mais, e em simultâneo, permitem concluir que se está perante um caso de síndrome de fadiga crónica.

Confira aqui os principais sintomas da fadiga crónica:

  • Lapsos de memória;
  • Garganta inflamada;
  • Dores musculares;
  • Dificuldade de concentração;
  • Dores nas articulações;
  • Perturbações gastrointestinais;
  • Enxaquecas;
  • Alterações do sono e sono não reparador;
  • Ansiedade;
  • Depressão.
médica mostra exame ao cérebro ao paciente

Sendo estes os principais sintomas, outros devem ainda ser considerados, tais como:

  • Diarreia;
  • Tosse;
  • Olhos e boca secos;
  • Sensação de vertigem ou tontura quando a pessoa se levanta, que melhora quando a pessoa se deita;
  • Dores de ouvidos;
  • Batimentos cardíacos irregulares;
  • Suores noturnos;
  • Náuseas;
  • Irritabilidade;
  • Formigueiro nas mãos;
  • Dificuldade em respirar;
  • Perda de peso.

A frequência e gravidade dos sintomas deve sempre ser avaliada por um médico. Se o doente não tiver estes sintomas, pelo menos em metade do tempo, com intensidade moderada ou grave, o diagnóstico deverá ser repensado.

De resto, a fadiga é um sintoma comum a várias doenças, como infeções , distúrbios endócrinos, cardiovasculares, respiratórios e psicológicos, sendo, também, por isso, importante o diagnóstico precoce.


Evolução da doença

A evolução da SFC é muito variável de pessoa para pessoa, havendo doentes que conseguem recuperar-se totalmente, enquanto outros podem manter esta condição durante toda a vida, apesar de existirem períodos em que os sintomas são mais severos e outros em que há um abrandamento.


Possíveis causas da fadiga crónica

São diversas as possíveis causas apontadas para a SFC, até mesmo a própria depressão, havendo investigadores que defendem ser resultado de vários elementos atuando concomitantemente, como é o caso da exposição a micróbios e a toxinas e da predisposição genética, entre outras causas emocionais e físicas.

Há quem defenda, ainda, que fatores como a anemia, a hipoglicemia, as doenças infeciosas como citomegalovírus ou mononucleose, as disfunções glandulares e as doenças autoimunes podem, igualmente, estar na origem desta condição.


Como se faz o diagnóstico?

Antes de mais, devem ser feitas análises e exames para descartar outras causas para estes sintomas, como a anemia, distúrbios eletrolíticos, insuficiência renal, doenças inflamatórias (por exemplo, a artrite reumatóide), problemas da tiróide ou transtornos do sono.

A fadiga crónica só é diagnosticada se não for identificada outra causa para ela, como os efeitos colaterais de certos medicamentos, por exemplo.

Os seguintes fatores são significativos no que toca à determinação deste diagnóstico, contudo, em 2015 foi elaborado pelo Instituto de Medicina (atualmente denominado Divisão de Saúde e Medicina da Academia Nacional de Ciência, Engenharia e Medicina) os critérios diagnósticos para síndrome de fadiga crônica, que são eles:

  • A redução ou comprometimento significativo na capacidade de realizar as atividades nos níveis anteriores à doença que se prolonga há mais de seis meses;
  • Perceber que o cansaço não resulta de esforço contínuo excessivo e também não melhora com o descanso;
  • Perceber ainda que a atividade física piora os sintomas e que o sono não é reparador, além de a pessoa manifestar dificuldade em pensar e ter uma sensação de tontura ou vertigem quando se levanta.

Tratamento

Não há um tratamento específico para a SFC. A ideia é controlar os sintomas com uma combinação de vários tratamentos.

Desde logo, moderando as atividades diárias, por forma a evitar o stress físico e psicológico, mas com o cuidado de não ceder ao sedentarismo.

O exercício físico desempenha um papel importante no tratamento da SFC, mas o início deve ser lento e moderado.

No caso de haver um quadro de depressão e ansiedade, este deve ser tratado, nomeadamente com recurso a antidepressivos e ansiolíticos, o que ajudará também a melhorar o sono.

Simultaneamente, deverá haver tratamento da dor e dos problemas de sono, além de uma aposta na terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a identificar os comportamentos negativos que podem dificultar o tratamento.

Outros tratamentos úteis são ainda as técnicas de relaxamento, meditação ou ioga, por exemplo.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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