mulher com comichão no braço

Alergia ao frio? Sim, existe. Veja como se prevenir

6 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Quais os sintomas?
  3. 3. O que causa urticária ao frio?
  4. 4. Quem pode desenvolver?
  5. 5. Como é diagnosticada?

A alergia ao frio, designada clinicamente como urticária ao frio, é uma reação alérgica da pele desencadeada por baixas temperaturas ou contacto com superfícies frias.

Embora não seja uma condição muito comum, pode causar desconforto significativo e até complicações mais sérias em alguns casos.

Descubra mais sobre esta forma de urticária, os seus sintomas e como se prevenir.


O que é a alergia ao frio?

A urticária ao frio é uma reação da pele caraterizada pelo aparecimento de erupções cutâneas vermelhas acompanhadas de comichão após a exposição ao frio. Podem ocorrer em qualquer parte do corpo, mas é mais comum no rosto, mãos e braços, zonas que estão mais frequentemente expostas ao frio.

Esta reação pode ser desencadeada por várias situações, como comer ou beber algo gelado, colocar gelo diretamente na pele, nadar ou tomar banho em água fria, ou caminhar ao ar livre com baixas temperaturas.

Existem dois tipos de urticária ao frio:

  • Urticária ao frio adquirida: ocorre em pessoas sem história familiar da doença. Os sintomas aparecem geralmente poucos minutos após a exposição e desaparecem entre uma a duas horas.
  • Urticária ao frio hereditária: é transmitida geneticamente. Os sintomas podem demorar mais tempo a aparecer e podem persistir por um ou dois dias.

mulher com frio a medir a febre

Quais são os sintomas?

Os sintomas da alergia ao frio podem variar de pessoa para pessoa, mas, normalmente, incluem manifestações na pele e, por vezes, em outras partes do corpo.

Os sintomas mais comuns são:

  • Vermelhidão, comichão e inchaço na pele, logo após a exposição ao frio;
  • Sensibilidade aumentada nas áreas afetadas, com sensação de ardor ou queimadura;
  • Pápulas temporárias, pequenas protuberâncias vermelhas e pruriginosas na pele;
  • Inchaço nas mãos ao segurar objetos frios ou nos lábios, devido ao consumo de alimentos ou bebidas geladas.

A sensação de desconforto pode intensificar-se à medida que a pele aquece após a exposição ao frio.

Em alguns casos, os sintomas podem ser mais acentuados, levando a reações graves:

Em situações mais graves, pode ocorrer quebra de tensão arterial e anafilaxia (reação alérgica aguda e grave), que pode levar ao choque, perda de consciência e até dificuldade em respirar, devido ao inchaço da língua e da garganta.

Estes sintomas podem surgir logo após a exposição ao frio, muitas vezes entre dois a cinco minutos, e persistir até duas horas. Em casos mais raros, os sintomas podem aparecer horas ou até dias depois da exposição e demorar mais tempo a desaparecer.

Condições húmidas e ventosas tornam a reação mais provável. Além disso, a exposição prolongada ou total da pele ao frio, como nadar em água fria, pode causar reações muito graves, como perda de consciência e risco de afogamento.

Em casos graves, é fundamental procurar atendimento médico imediato.


O que causa a urticária ao frio?

A alergia ao frio ocorre quando o organismo reage à exposição a temperaturas baixas, libertando histaminas e outras substâncias químicas na corrente sanguínea. Estas substâncias provocam sintomas como vermelhidão, inchaço, comichão e erupções na pele (urticária).

Embora a causa exata desta reação não seja completamente conhecida, sabe-se que algumas pessoas apresentam uma maior sensibilidade ao frio devido a fatores genéticos, infeções ou outras condições de saúde.

Os principais desencadeadores da urticária ao frio são:

  • Exposição ao frio, como sair em tempo frio ou nadar em água fria;
  • Contacto com objetos frios, como gelo ou superfícies geladas;
  • Mudanças bruscas de temperatura, por exemplo, entrar num espaço com ar condicionado ou num congelador;
  • Exercício físico intenso, especialmente em ambientes frios;
  • Stress e ansiedade, que podem agravar os sintomas;
  • Coçar a pele, o que pode intensificar a reação;
  • Exposição a alergénios, como pólen, pelos de animais ou certos alimentos.

mãe e filho agasalhados contra o frio

Quem pode desenvolver a alergia ao frio?

A urticária ao frio pode afetar qualquer pessoa, mas alguns fatores aumentam o risco de desenvolver esta condição:

  • Idade: manifesta-se com maior frequência em jovens adultos.
  • Historia familiar: na forma hereditária.
  • Condições subjacentes: certas doenças, como hepatite, infeções víricas (mononucleose, varicela) e alguns tipos de cancro (leucemia, linfomas), podem aumentar o risco de urticária ao frio.
  • Sistema imunitário sensível: algumas pessoas parecem ter células da pele mais reativas ao frio, possivelmente devido a infeções anteriores ou doenças autoimunes.

Atenção, embora a urticária ao frio não seja contagiosa, pode estar associada a infeções víricas que podem ser transmitidas de pessoa para pessoa.


Como é diagnosticada?

Se suspeita ter urticária ao frio, deve consultar um médico para obter um diagnóstico correto.

O método mais comum para diagnosticar é colocar um cubo de gelo na pele durante cinco minutos. Se houver uma reação visível após a remoção do cubo de gelo, o teste é considerado positivo para urticária ao frio.

Em alguns casos, o médico pode solicitar análises ao sangue ou outros exames para identificar possíveis causas.

Algumas doenças podem ser confundidas com a alergia ao frio devido a sintomas semelhantes, tais como frieiras, doença de Raynaud (provoca má circulação), doença das aglutininas frias e hemoglobinúria paroxística ao frio, pelo que é essencial um diagnóstico adequado.


Como se pode prevenir a urticária ao frio?

A melhor forma de prevenir é evitar a exposição a temperaturas baixas. No entanto, como nem sempre é possível, existem algumas estratégias para reduzir o risco de desenvolver sintomas e prevenir reações graves:

  • Use roupa quente e protetora, como casacos térmicos, gorros, luvas e cachecóis ajudam a minimizar o contacto da pele com o frio.
  • Evite atividades ao ar livre com temperaturas baixas, especialmente desportos na neve, escalada ou natação em águas frias.
  • Teste a temperatura da água antes de mergulhar, tocando na água com a mão, para verificar se provoca alguma reação antes de entrar totalmente. Prefira piscinas aquecidas.
  • Tome banho e duche em água morna, evitando a exposição a água fria.
  • Evite bebidas e alimentos frios, como gelados ou bebidas com gelo, uma vez que podem desencadear sintomas.
  • Tome anti-histamínicos antes da exposição ao frio, se recomendado pelo seu médico.
  • Se tiver uma caneta de epinefrina, leve-a sempre consigo, especialmente se já teve reações graves.
  • Informe os profissionais de saúde sobre a sua condição antes de qualquer procedimento médico ou dentário. Salas de blocos operatórios e anestesia podem desencadear reações, pelo que é essencial garantir que a temperatura corporal é mantida.
  • Não faça procedimentos cosméticos que utilizem frio, como tratamentos de crioterapia.
  • Evite locais muito frios, como supermercados com prateleiras refrigeradas ou garrafeiras.
  • Tente evitar tarefas domésticas como descongelar o congelador ou limpar janelas num dia frio.
  • Não saia sozinho para ambientes frios. Uma reação grave pode causar desmaios, dificultando a procura de ajuda.
  • Quando nadar, tenha sempre alguém por perto. A urticária ao frio pode causar desmaios ou dificuldades respiratórias, aumentando o risco de afogamento.

Existe tratamento para a alergia ao frio?

Em algumas pessoas, a urticária ao frio desaparece por si ao fim de semanas ou meses. Para outras pessoas, dura mais tempo.

Não existe cura para a doença, mas há tratamentos que ajudam a controlar os sintomas e a reduzir o impacto da condição no dia a dia.

As opções de tratamento incluem:

  • Anti-histamínicos: são o tratamento mais comum e ajudam a neutralizar a histamina, reduzindo as reações alérgicas. Podem ser tomados antes da exposição ao frio, para prevenir sintomas, ou após a exposição, para aliviar a reação.
  • Omalizumab: utilizado no tratamento da asma, este medicamento tem demonstrado eficácia na urticária ao frio resistente aos anti-histamínicos.
  • Epinefrina: em casos graves, como anafilaxia, o médico pode recomendar que tenha consigo uma caneta de epinefrina para uma resposta rápida em emergências.
  • Dessensibilização ao frio: consiste na exposição gradual a temperaturas mais frias, para treinar o corpo a reagir de forma menos intensa. Pode incluir banhos progressivamente mais frios, mas deve ser feita com supervisão médica, já que pode desencadear reações graves.
  • Outros medicamentos: em alguns casos, o médico pode prescrever corticoides, para reduzir a inflamação, antagonistas dos leucotrienos, usados no tratamento de alergias e asma, imunossupressores, para casos mais resistentes, e antibióticos, se houver infeções associadas.

A alergia ao frio é uma condição rara, mas pode causar desconforto significativo e, em alguns casos, levar a complicações graves. O acompanhamento médico regular é essencial para garantir um plano de tratamento adequado e minimizar riscos.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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