mulher com dor no peito

Bradicardia: batimento cardíaco baixo e os seus riscos

4 mins. leitura

Indíce
  1. 1. Causas
  2. 2. Tipos de bradicardias
  3. 3. Sintomas
  4. 4. Tratamento
  5. 5. Batimentos normais por idade

A bradicardia é uma condição médica que se carateriza por uma frequência cardíaca baixa, contrariamente à taquicardia, que se carateriza por uma frequência cardíaca alta.

Geralmente, o coração de uma pessoa adulta em repouso bate entre 60 a 100 vezes por minuto. Assim, se bater menos de 60 vezes por minuto, trata-se de uma bradicardia, enquanto se exceder os 100 batimentos por minutos, é uma taquicardia.

Nem sempre a bradicardia é um sinal de doença. Essa condição pode ser fisiológica, especialmente em atletas ou pessoas com um alto nível de condicionamento físico.

No entanto, pode ser um problema grave se a frequência cardíaca for muito baixa.

Nessas situações, podem surgir sintomas como tonturas, desmaios e até insuficiência cardíaca. Em casos extremos, pode ser necessário implantar um pacemaker para manter uma frequência cardíaca adequada.


Causas

Não há uma causa exata para a bradicardia, podendo surgir devido a:

  • Hipotiroidismo;
  • Defeito cardíaco congénito;
  • Inflamação do tecido cardíaco;
  • Danos no tecido cardíaco relacionados com o envelhecimento, causados por doença cardíaca ou ataque cardíaco;
  • Apneia obstrutiva do sono;
  • Alterações no nível de minerais corporais, como potássio ou cálcio;
  • Doença inflamatória, como lúpus ou febre reumática;
  • Complicações devido a uma cirurgia cardíaca;
  • Certos medicamentos, incluindo alguns usados para tratar doenças do coração e de saúde mental.

médico analisa eletrocardiograma de paciente

Tipos de bradicardias

Existem três tipos de bradicardias: a bradicardia sinusal, síndrome do nódulo sinusal e bloqueio cardíaco.


Bradicardia sinusal

A bradicardia sinusal dá-se quando o nó sinusal, responsável pelo ritmo cardíaco, envia sinais para o coração lentamente ou, simplesmente, não o faz de todo.

Várias condições podem cicatrizar o nó sinusal e causar bradicardia sinusal, incluindo:

  • Problemas de tireoide;
  • Ataque cardíaco;
  • Apneia do sono;
  • Pericardite.

Síndrome do nódulo sinusal

A síndrome do nódulo sinusal não é tão comum e causa um ritmo cardíaco anómalo, desde batimentos cardíacos irregulares até oscilações de frequência cardíaca.

Frequentemente, é o resultado de doença cardíaca. Às vezes, a causa pode ser o desgaste normal do coração durante o envelhecimento.


Bloqueio cardíaco

Este tipo de bradicardia acontece quando o fluxo de sinais elétricos do nó sinusal para o nó atrioventricular é interrompido. Pode ser um defeito congénito ou tratar-se de uma condição que ocorre mais tarde, sendo que a principal causa é um ataque cardíaco.

No entanto, há outras condições que podem provocar esse bloqueio cardíaco, nomeadamente:

  • Miocardite;
  • Febre reumática;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Doença arterial coronária.

O bloqueio cardíaco pode ser classificado em três graus:

  • Primeiro grau: atraso na condução elétrica;
  • Segundo grau: interrupção parcial da condução;
  • Terceiro grau: bloqueio total, exigindo geralmente o implante de um pacemaker.

Sintomas de bradicardia

Um batimento cardíaco mais lento do que o normal impede o cérebro e outros órgãos de receber oxigénio suficiente. Isso pode afetar a capacidade do organismo de executar os processos e funções normais, causando sintomas como:

  • Dor no peito;
  • Tontura ou vertigem;
  • Confusão ou problemas de memória;
  • Fadiga extrema, especialmente durante a prática de atividade física;
  • Desmaio ou prestes a desmaiar;
  • Hipotensão;
  • Falta de ar;
  • Fraqueza.

De assinalar que muitas pessoas com bradicardia não apresentam sintomas percetíveis.


A bradicardia pode levar à morte?

À semelhança de outras condições cardíacas, a bradicardia pode ser um problema grave se a frequência cardíaca for muito baixa. Possíveis complicações podem incluir:

  • Desmaios frequentes;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Paragem cardíaca súbita ou morte cardíaca súbita.

Em caso de desmaio, dificuldades respiratórias ou dor no peito que dure mais do que alguns minutos, é aconselhável contactar o 112 ou os serviços médicos de emergência.


Tratamento

O tratamento da bradicardia depende da causa. Se for leve ou ocasional, pode não exigir tratamento.

Se houver um desequilíbrio eletrolítico como causa subjacente, o tratamento pode incluir a correção dos níveis de potássio, cálcio ou magnésio.

Caso seja necessário controlar a frequência cardíaca baixa, os tratamentos podem incluir:

  • Ajustar a dosagem de medicação;
  • Tratar a condição subjacente;
  • Colocar um pacemaker.

médico segura estetoscópio e objeto em forma de coração

Batimentos cardíacos normais por idade

O número de batimentos por minuto (bpm) normal em repouso varia consoante a faixa etária:

  • Bebés entre quatro semanas a um ano: 100 a 180 batimentos bpm;
  • Crianças entre um a três anos: 98 a 140 bpm;
  • Crianças entre três a cinco anos: 80 a 120 bpm;
  • Crianças entre cinco a 12 anos: 75 a 118 bpm;
  • Adolescentes entre 13 a 18 anos: 60 a 100 bpm;
  • Pessoas com mais de 18 anos: 60 a 100 bpm

As frequências cardíacas das crianças, em repouso, têm tendência a ser mais altas do que as dos adultos.


Prevenção

Prevenir doenças cardíacas pode ajudar a diminuir o risco de bradicardia. A prevenção passa por:

  • Praticar exercícios regularmente;
  • Adotar uma dieta saudável, com baixo teor de sal e gorduras sólidas e rica em fruta, vegetais e grãos integrais;
  • Manter um peso saudável;
  • Beber bastante água, já que a desidratação afeta o sangue, obrigando o coração a trabalhar com mais intensidade para bombeá-lo;
  • Controlar a pressão arterial e o colesterol, uma vez que pressão alta e colesterol alto aumentam o risco de doenças cardíacas;
  • Evitar fumar ou beber;
  • Gerir o stress, dado que emoções intensas podem afetar a frequência cardíaca;
  • Ter bons hábitos de sono.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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