mulher com perda de memória

Perda de memória: o que a pode causar e quando procurar ajuda

5 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Causas
  3. 3. Quando procurar ajuda?
  4. 4. Como prevenir?

Há momentos de perda de memória que devem ser encarados com tranquilidade. É o que acontece, por exemplo, quando não nos lembramos de algo, porque não prestamos atenção ao que se passou. Também é normal esquecermos de informações de que raramente precisamos, como números de telefone.

Estes esquecimentos podem ocorrer a qualquer altura e em qualquer idade, podendo tornar-se, contudo, mais frequentes com o envelhecimento.

Não requerem preocupação quando se tratam de episódios simples e ocasionais. Porém, quando se repetem, podem ser um sinal de que é preciso procurar ajuda médica.

Saiba, a seguir, o que pode causar a perda de memória e como lidar com esta situação.


O que é a perda de memória?

O conceito de perda de memória é vasto e abrange qualquer tipo de problema na formação de memórias, no seu armazenamento e recuperação, sejam elas de curto ou longo prazo.

Existem dois tipos de perda de memória:

  • Perda aguda de memória: comummente conhecida como amnésia, este tipo de perda de memória geralmente acontece devido a uma doença súbita, lesão ou a outros eventos que perturbem os processos de memória;
  • Perda progressiva de memória: esta perda de memória ocorre gradualmente. Às vezes, é um sintoma de uma doença cerebral degenerativa.

Convém realçar que a perda progressiva de memória não é apenas uma recordação lenta. Se a pessoa consegue lembrar-se das coisas a tempo e sem ajuda, provavelmente não é uma verdadeira perda de memória.


homem prepara-se para escrever numa folha em branco

Causas da perda de memória

Identificar a causa e o contexto é importante para perceber a gravidade da perda de memória e para encontrar o tratamento mais adequado. Por vezes, implica apenas eliminar o motivo que originou essas lacunas. Por exemplo, dormir mais ou melhorar a alimentação.


Medicamentos

A toma de alguns medicamentos, como antidepressivos, anti-histamínicos, ansiolíticos, relaxantes musculares, tranquilizantes, comprimidos para dormir ou analgésicos usados nos pós-operatórios pode provocar perdas de memória. Com o fim destes tratamentos, a situação deve ficar resolvida.


Drogas e tabaco

O consumo de álcool e drogas ou tabaco tem efeito na memória. O alcoolismo contribui para a perda de memória, a médio prazo. As drogas, por alterarem a química do cérebro, também prejudicam a memória.

Fumar também impede o bom funcionamento da memória, já que reduz a quantidade de oxigénio que chega ao cérebro. Há mesmo estudos que demonstram que os fumadores têm maior declínio cognitivo, principalmente em idades mais avançadas.


Dormir pouco

Se dormiu mal na noite anterior, é provável que passe o dia a esquecer-se de coisas. Quanto mais recorrente for essa situação, seja devido a insónias ou por trabalhar durante a noite, maior será o cansaço. E quanto mais fatigado estiver, mais difícil será reter informação e usar a memória.


Stress e depressão

A depressão e a ansiedade reduzem a concentração e a atenção. Isto, por sua vez, vai fazer com que não consiga reter a informação necessária para formar memórias.

O stress associado a um trauma emocional, como uma agressão ou a perda de um ente querido, também pode causar problemas de memória.


Má nutrição

As carências nutricionais também podem estar na origem das perdas de memória. Ingerir proteínas e gordura (gorduras "boas" e de forma moderada) é, por isso, fundamental para o bom funcionamento do cérebro. Também as vitaminas B1 e B12 são essenciais.


Lesões cerebrais

As situações em que alguém fica com amnésia por ter batido com a cabeça não acontecem apenas na ficção. As lesões cerebrais que ocorrem, por exemplo, em quedas ou acidentes rodoviários podem originar perdas de memória, a curto ou a longo prazo.


Acidente Vascular Cerebral

Quando alguém sofre um Acidente Vascular Cerebral (AVC), há uma interrupção no fornecimento de sangue ao cérebro, o que pode ter como consequência perdas de memória, entre outras sequelas.

As pessoas que passaram por essa situação lembram-se mais facilmente de eventos que ocorreram na infância do que de coisas que aconteceram há poucas horas.


Amnésia Global Transitória

As causas da Amnésia Global Transitória são ainda uma incógnita para os médicos, sendo, por vezes, associada a AVC no hipocampo (a zona do cérebro responsável pela formação de memórias). Esta forma de perda de memória é geralmente breve e acaba por desaparecer sem qualquer tipo de intervenção.


Demência

A demência carateriza-se pela diminuição, lenta e progressiva, da função mental, que afeta sobretudo a memória e outros aspetos relacionados com o raciocínio, de uma forma que perturba a vida quotidiana da pessoa que é afetada. Pode ter várias causas, que vão desde o AVC (provocando a demência vascular) a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.


Outras causas

Existem, ainda, outros fatores que podem causar perdas de memória, tais como mau funcionamento da tiroide ou doenças infeciosas como HIV, tuberculose e sífilis.

Aneurismas, cirurgias ao cérebro, envenenamento por monóxido de carbono ou outras toxinas ambientais, quimioterapia, psicose, enxaquecas e convulsões são outros motivos que originam perdas de memória.


médica segura nas mãos de paciente sénior

Perda de memória: quando procurar ajuda?

Certas situações, por si só, nada significam e não representam um alerta para um problema mais grave, tais como:

  • Fazer a mesma pergunta muitas vezes;
  • Esquecer conversas recentes;
  • Colocar coisas nos sítios errados (por exemplo, os talheres no caixote do lixo);
  • Faltar a compromissos;
  • Esquecer-se de pagar contas.

Isoladamente, estes comportamentos são normais. No entanto, podem significar que algo não está bem, se surgirem associados a sinais como:

  • Dificuldade em falar ou em encontrar as palavras certas (afasia);
  • Dificuldade em executar tarefas habituais (apraxia);
  • Dificuldade em reconhecer caras familiares ou objetos que usa habitualmente (agnosia);
  • Confundir dias e horas, pessoas e locais;
  • Dificuldades de concentração, de planeamento ou de controlar impulsos;
  • Perder-se em locais que conhece bem;
  • Não conseguir seguir receitas ou direções;
  • Não tratar de si: falta de higiene, não comer ou ter comportamentos arriscados.

Caso manifeste estes sintomas ou sinta que a perda de memória está a agravar-se, é aconselhável consultar um médico. Quanto mais cedo o fizer, mais rapidamente vai descobrir as causas e, se for caso disso, iniciar o tratamento mais adequado.


Como lidar com a perda de memória?

Quando a memória começa a falhar, é importante adotar algumas estratégias que permitam ajudar a reduzir o impacto deste problema, nomeadamente:

  • Usar calendários, agendas, lembretes e aplicações do telemóvel para apontar tarefas, datas e informações importantes;
  • Conviver com outras pessoas e manter-se ativo;
  • Continuar a aprender, tirando pequenos cursos ou formações;
  • Ter passatempos;
  • Ter rotinas diárias;
  • Colocar as chaves de casa, telemóvel e carteira sempre no mesmo local.

Montar puzzles, jogar às cartas ou fazer palavras cruzadas são também ótimas maneiras de exercitar o cérebro.


7 conselhos para prevenir a perda de memória

A perda de memória nem sempre é evitável. Contudo, há alguns hábitos que podem ajudar a manter a sua memória em forma durante mais tempo:

  • Usar capacetes, cintos de segurança e outros equipamentos que protejam de lesões;
  • Fazer análises e exames regularmente para monitorizar indicadores, como diabetes e pressão arterial;
  • Cuidar da saúde mental;
  • Manter um peso saudável;
  • Tratar infeções;
  • Tomar a medicação conforme receitada pelo médico;
  • Não consumir drogas e evitar beber álcool.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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