mulher com cápsula de ácido fólico na mão

O que é o ácido fólico e que importância tem para o organismo

5 mins. leitura

Indíce
  1. 1. O que é?
  2. 2. Para que serve?
  3. 3. Onde está nos alimentos?
  4. 4. Ácido Fólico vs. gravidez
  5. 5. Amamentação

O ácido fólico é uma vitamina essencial para o funcionamento do organismo, desempenhando um papel fundamental na formação do ADN, desenvolvimento celular e prevenção de problemas de saúde.

Neste artigo, pode saber mais sobre esta vitamina, os seus benefícios, onde a encontrar na alimentação, a sua importância durante a gravidez, bem como os sintomas de deficiência e os riscos associados ao excesso.


O que é o ácido fólico?

É a forma sintética do folato, uma vitamina do complexo B, também conhecida como vitamina B9. O folato existe naturalmente em alimentos, enquanto o ácido fólico é utilizado em suplementos e alimentos fortificados para garantir uma absorção eficaz pelo organismo.


Para que serve e quais os benefícios?

O ácido fólico é essencial para o organismo, contribuindo para a renovação celular, produção de glóbulos vermelhos e funcionamento do sistema nervoso. Os seus principais benefícios incluem:

  • Prevenção da anemia megaloblástica, promovendo a formação adequada dos glóbulos vermelhos e prevenindo sintomas como fadiga e fraqueza;
  • Redução do risco de malformações congénitas, como a espinha bífida e anencefalia, quando ingerido em quantidade suficiente antes e durante a gravidez;
  • Apoio à saúde cardiovascular, ajudando a reduzir os níveis de homocisteína, um aminoácido associado ao aumento do risco de doenças cardíacas;
  • Benefícios para a função cognitiva, podendo reduzir o risco de declínio mental e doenças neurodegenerativas, como a demência;
  • Contribuição para a saúde mental, uma vez que baixos níveis de folato podem estar associados a quadros depressivos e esquizofrenia;
  • Regulação do açúcar no sangue, ajudando na resistência à insulina em pessoas com diabetes;
  • Melhoria da fertilidade, influenciando a qualidade dos óvulos e facilitando a implantação no útero;
  • Redução da inflamação e melhoria da função vascular, beneficiando especialmente pessoas com hipertensão e doença renal;
  • Ajuda a reduzir os efeitos secundários do metotrexato, um medicamento utilizado para tratar artrite, doença de Crohn ou psoríase.

Alguns estudos sugerem que o folato pode reduzir o risco de vários tipos de cancro.


grávida a beber um sumo de laranja

É possível encontrar ácido fólico em alimentos?

Sim. O ácido fólico, na sua forma natural de folato, está presente numa grande variedade de alimentos, entre os quais:

  • Vegetais de folha verde-escura, como espinafres, couve-de-Bruxelas, alface e espargos;
  • Leguminosas, como lentilhas, feijão, ervilhas e grão-de-bico;
  • Frutos cítricos, como laranja, limão e toranja;
  • Abacate;
  • Fígado;
  • Ovos;
  • Frutos secos, como nozes e avelãs;
  • Sementes, por exemplo, de girassol, linhaça e chia;
  • Marisco;
  • Produtos lácteos;
  • Carne de aves.

Em muitos países, alimentos como pão, farinha, massas e arroz são fortificados com ácido fólico como parte de políticas públicas para prevenir deficiências, especialmente em mulheres em idade fértil.

Como a vitamina B9 é hidrossolúvel, parte do folato pode perder-se durante a cozedura. Para minimizar esta perda, é aconselhável optar por métodos de confeção, como cozer a vapor ou utilizar o micro-ondas, evitando ferver os alimentos em excesso.


A importância do ácido fólico durante a gravidez

Durante a gravidez, o ácido fólico desempenha um papel crucial no desenvolvimento saudável do bebé, sendo essencial para a formação do tubo neural, estrutura que dará origem ao cérebro e à coluna vertebral.

A ingestão adequada previne defeitos congénitos como espinha bífida e anencefalia, condições que podem ter consequências graves.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma suplementação diária de 400 microgramas (mcg) antes da conceção e nos primeiros meses da gestação, uma vez que o tubo neural se forma nas primeiras semanas, muitas vezes antes de a mulher saber que está grávida. Para casos específicos, como histórico familiar de defeitos do tubo neural, pode ser necessária uma dose maior, sob orientação médica.

O folato também é importante para a saúde da grávida. A suplementação com ácido fólico pode diminuir a probabilidade de parto prematuro e reduzir do risco de complicações associadas à gravidez, incluindo a pré-eclâmpsia.


Ácido fólico e amamentação

Durante a amamentação, a toma de ácido fólico continua a ser segura e benéfica. O folato é um componente normal do leite materno e, quando consumido como suplemento, passa para o bebé em quantidades mínimas que não causam danos.

Uma dieta rica em folato ou a suplementação adequada ajuda a apoiar a saúde, tanto da mãe como do bebé, durante esta fase.


Suplementação de ácido fólico

O ideal é obter o folato através da alimentação. No entanto, a suplementação é frequentemente recomendada para garantir a ingestão adequada, especialmente em situações específicas como gravidez, anemia megaloblástica e algumas condições médicas.

Os suplementos de ácido fólico são especialmente importantes para:

  • Mulheres que planeiam engravidar ou estão grávidas;
  • Pessoas com dificuldades de absorção intestinal (como as que têm doença celíaca ou doença de Crohn);
  • Indivíduos com consumo alimentar insuficiente de folato;
  • Pacientes que tomam medicamentos que interferem com a absorção de folato, como metotrexato e alguns anticonvulsivantes.

A dose recomendada varia conforme a necessidade individual e deve ser ajustada por um médico ou nutricionista.


Sintomas de ácido fólico baixo

A deficiência de ácido fólico pode manifestar-se de várias formas, afetando diferentes sistemas do organismo. Os sintomas podem variar consoante a gravidade da carência e o tempo em que esta se mantém.


Sintomas de anemia

Quem tem um baixo nível de ácido fólico pode apresentar sintomas de anemia, como:

  • Palidez;
  • Fadiga extrema e fraqueza;
  • Falta de ar (dispneia);
  • Batimentos cardíacos acelerados (taquicardia);
  • Tonturas;
  • Palpitações.

Sintomas neurológicos e psicológicos

A deficiência de ácido fólico pode manifestar-se através de sintomas neurológicos e psicológicos, designadamente:

  • Dificuldade de concentração e problemas de memória;
  • Irritabilidade e mudanças de humor;
  • Dores de cabeça e tonturas;
  • Sensação de formigueiro ou dormência nas mãos e nos pés (neuropatia periférica);
  • Fraqueza muscular;
  • Confusão ou dificuldades cognitivas.

Sintomas gastrointestinais e outros sinais físicos

Baixos níveis de ácido fólico podem revelar-se também por meio de sintomas gastrointestinais, como:

  • Perda de apetite;
  • Perda de peso não intencional;
  • Náuseas e diarreia;
  • Feridas ou úlceras na boca;
  • Língua avermelhada e inflamada;
  • Alterações na cor da pele, cabelo e unhas;
  • Aumento dos níveis de homocisteína no sangue, associado a um maior risco cardiovascular.

A deficiência de ácido fólico pode ocorrer devido a uma alimentação inadequada, alcoolismo, gravidez, doenças intestinais que afetam a absorção de nutrientes (como doença celíaca ou doença de Crohn) ou ao uso de determinados medicamentos, como diuréticos, metotrexato e alguns anticonvulsivantes.


mãe a amamentar bebé

Necessidades diárias de vitamina B9

As necessidades diárias de ácido fólico variam consoante a idade e a fase de vida:

  • Adultos: 400 mcg
  • Grávidas: 600 mcg (acrescido de um suplemento de 400 mcg/dia nos primeiros meses)
  • Lactantes: 500 mcg

Para adultos, a ingestão diária de ácido fólico não deve exceder 1 miligrama (1000 mcg), considerando a soma de alimentos fortificados e suplementos, pois doses elevadas podem mascarar deficiências de vitamina B12 e comprometer a saúde.

Pessoas com histórico de cancro colorretal devem evitar doses superiores a 200 mcg/dia, salvo indicação médica contrária.

Embora o ácido fólico seja essencial para a saúde, o consumo excessivo pode causar efeitos adversos. É fundamental seguir as doses recomendadas e estar atento aos riscos associados ao seu excesso. 6 - 8 e 11

O excesso de ácido fólico é geralmente excretado pela urina, mas a sua acumulação no organismo pode trazer complicações, pelo que é importante monitorizar a sua ingestão.

Manter um equilíbrio na ingestão de ácido fólico é essencial para a saúde. Consulte o seu médico assistente antes de iniciar qualquer suplementação.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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