desidratação

O que é a desidratação e como se pode prevenir

5 mins. leitura

Índice

  1. 1. O que é
  2. 2. Quais os graus
  3. 3. Sinais de alerta
  4. 4. Complicações
  5. 5. Fatores de risco

A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que aqueles que ingere. Pode afetar qualquer pessoa, em qualquer idade. Apesar de comum, sobretudo em épocas de calor, pode tornar-se grave se não for rapidamente identificada e tratada.

Conheça os principais sinais, causas e fatores de risco, bem como prevenir e tratar.


O que é a desidratação?

A desidratação acontece quando o corpo não tem água suficiente para desempenhar adequadamente as suas funções vitais.

A água é essencial para a regulação da temperatura corporal, para o transporte de nutrientes, para a eliminação de resíduos e para a lubrificação das articulações.

Quando há défice de líquidos, estas funções ficam comprometidas, podendo desencadear sintomas leves ou mesmo situações clínicas graves.

Além disso, a falta de água afeta o equilíbrio eletrolítico do organismo, ou seja, a concentração de minerais como o sódio, potássio e magnésio, o que pode interferir no funcionamento muscular, neurológico e cardiovascular.


Quais são os graus de desidratação?

Esta condição pode ser classificada em diferentes graus de desidratação, de acordo com a quantidade de líquido perdido e a severidade dos sintomas:

  • Leve: perda de até 5% do peso corporal. Pode causar sede, boca seca e urina escura;
  • Moderada: perda de 6% a 9% do peso corporal. Os sintomas agravam-se, podendo incluir fraqueza, tonturas e batimento cardíaco acelerado;
  • Grave: perda superior a 10% do peso corporal. Pode provocar queda da tensão arterial, confusão mental, falência de órgãos e, em casos extremos, morte.

Quais os sinais de alerta?

Os sinais de desidratação variam conforme a idade, a quantidade de líquido perdido e o estado físico da pessoa. Em adultos, destacam-se os seguintes sintomas:

  • Sede intensa;
  • Boca e língua secas;
  • Urina escura e em pouca quantidade;
  • Cansaço ou fraqueza;
  • Tonturas ou sensação de desmaio;
  • Dores de cabeça;
  • Irritabilidade.

Nos casos mais graves, surgem os sintomas de desidratação grave, como:

  • Confusão ou desorientação;
  • Ritmo cardíaco acelerado;
  • Respiração rápida;
  • Pressão arterial baixa;
  • Ausência de urina por mais de 8 horas;
  • Pele fria, húmida ou pálida;
  • Convulsões.

Estes sinais exigem atenção médica imediata.


Desidratação em diferentes idades

Os sintomas e consequências da desidratação podem variar de acordo com a idade.

Em bebés e crianças pequenas, os sinais podem incluir irritabilidade, choro sem lágrimas, fontanela (moleirinha) afundada e fraldas secas por várias horas.

Nos idosos, a sensação de sede tende a ser reduzida e a desidratação pode manifestar-se de forma mais subtil, como confusão mental ou fadiga, o que dificulta o diagnóstico e aumenta o risco de complicações.

Já em adultos saudáveis, os sintomas surgem com maior clareza, mas podem ser facilmente ignorados em contextos de rotina agitada ou exercício físico intenso.


sintomas desidratação

Quais são as possíveis complicações da desidratação?

Quando não é tratada atempadamente, a desidratação pode levar a complicações sérias, especialmente em grupos vulneráveis como bebés, idosos e pessoas com doenças crónicas. Entre as possíveis consequências estão:

  • Problemas urinários e renais, como infeções urinárias recorrentes, pedras nos rins e insuficiência renal;
  • Convulsões, resultantes do desequilíbrio dos eletrólitos (como sódio e potássio) no organismo;
  • Choque hipovolémico, uma complicação potencialmente fatal em que a tensão arterial e a quantidade de oxigénio no corpo caem drasticamente devido à perda de líquidos;
  • Golpe de calor, em situações de exposição prolongada ao calor sem reposição adequada de líquidos;
  • Comprometimento cognitivo, especialmente em idosos, com maior risco de confusão, delírio e quedas.

Manter uma hidratação adequada é essencial para prevenir estas complicações e garantir o bom funcionamento do organismo.


O que pode causar a desidratação?

A desidratação pode resultar de várias causas, muitas das quais são frequentes no dia a dia:

  • Suor excessivo, especialmente em climas quentes ou durante exercício físico;
  • Diarreia ou vómitos;
  • Febre;
  • Uso de medicamentos diuréticos;
  • Diabetes descompensada;
  • Ingestão insuficiente de líquidos.

Em situações de calor extremo, como durante as ondas de calor, o risco de ficar desidratado aumenta significativamente.


Quais os fatores de risco?

Algumas pessoas estão mais suscetíveis à desidratação, nomeadamente:

  • Idosos que tendem a ter menor sensação de sede e alterações na capacidade de conservar água;
  • Crianças e bebés que perdem líquidos mais rapidamente e dependem de terceiros para se manterem hidratados;
  • Pessoas com doenças crónicas como diabetes ou insuficiência renal;
  • Pessoas com infeções gastrointestinais (diarreia e vómitos);
  • Atletas ou pessoas que praticam exercício físico intenso;
  • Pessoas expostas a ambientes quentes ou húmidos.

Estes grupos devem ter cuidados acrescidos na ingestão de líquidos e vigilância dos sintomas.


tratamento desidratação

Como prevenir?

A melhor forma de evitar a desidratação é garantir uma ingestão adequada de líquidos, preferencialmente água, ao longo do dia. Outras medidas preventivas incluem:

  • Beber antes de sentir sede, sobretudo em climas quentes ou durante o exercício;
  • Ingerir mais líquidos em caso de febre, diarreia ou vómitos;
  • Oferecer água regularmente a idosos e crianças;
  • Preferir alimentos ricos em água, como frutas e vegetais;
  • Evitar bebidas alcoólicas ou com cafeína em excesso, pois podem ter efeito diurético.

É ainda aconselhável aumentar o consumo de água em situações de maior transpiração ou perda de líquidos.


Como é tratada a desidratação?

O tratamento da desidratação depende da sua gravidade. Em casos leves a moderados, o mais importante é repor os líquidos e eletrólitos perdidos:

  • Beber água, sumos naturais ou bebidas isotónicas;
  • Em caso de diarreia ou vómitos, utilizar soluções de reidratação oral, à venda em farmácias, que contêm a proporção adequada de sais minerais e glicose.

Em contexto clínico, o diagnóstico da desidratação pode incluir exames físicos, análises ao sangue para avaliar os níveis de eletrólitos e função renal, bem como análises à urina para verificar a concentração e a capacidade do organismo em reter água.

Estes exames ajudam a determinar a gravidade da desidratação e a abordagem terapêutica mais adequada.

Em algumas situações, sobretudo em casos de vómitos persistentes, febre alta ou dificuldade em reter líquidos, pode ser necessário recorrer precocemente à hidratação intravenosa para evitar o agravamento do estado clínico.

Nos casos de desidratação grave, o tratamento deve ser realizado em ambiente hospitalar, através da administração de soro fisiológico ou soluções balanceadas, conforme avaliação médica, para repor rapidamente o volume de líquidos e restaurar o equilíbrio eletrolítico do organismo.

Em bebés, idosos ou pessoas com doenças crónicas, qualquer sinal de desidratação deve ser avaliado por um profissional de saúde o mais rapidamente possível, mesmo que pareça ligeiro.


Primeiros socorros na desidratação

Se suspeitar que alguém está a sofrer de desidratação, siga estas orientações básicas de primeiros socorros:

  • Se a pessoa estiver consciente e conseguir falar, sente-a e ofereça água em pequenos goles, de forma lenta, mas contínua;
  • Não ofereça alimentos sólidos, pois podem agravar a desidratação;
  • Incentive a vítima a descansar à sombra ou num local fresco e ventilado;
  • Se a pessoa perder a consciência, não lhe dê nada para beber, pois corre o risco de se engasgar;
  • Em caso de inconsciência ou convulsões, ligue imediatamente para o 112 e siga as instruções até à chegada dos serviços de emergência.

A desidratação é uma condição comum, mas muitas vezes negligenciada. Conhecer os sinais de desidratação e adotar medidas de prevenção pode evitar complicações sérias. Esteja atento aos sintomas de desidratação grave e mantenha uma hidratação adequada em todas as fases da vida.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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