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Dopamina: conheça as funções deste neurotransmissor

5 mins. leitura

Índice

  1. 1. O que é a dopamina?
  2. 2. Quais são as funções da dopamina?
  3. 3. Quais as diferenças entre dopamina e serotonina?
  4. 4. Como saber se os níveis da dopamina estão altos ou baixos?
  5. 5. Que condições de saúde estão associadas a níveis elevados ou baixos de dopamina?

A dopamina desempenha um papel essencial no bem-estar e em várias funções do organismo, incluindo memória, movimento, motivação, humor e atenção.

Níveis elevados ou baixos estão associados a doenças como Parkinson, síndrome das pernas inquietas e PHDA — Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção.

Neste artigo, vamos explorar os efeitos deste neurotransmissor no organismo, incluindo o que acontece quando os níveis estão demasiado altos ou demasiado baixos.

O que é a dopamina?

Popularmente conhecida como uma das “hormonas da felicidade”, a dopamina é, na verdade, um neurotransmissor monoamina. Ou seja, uma substância química que transmite sinais entre as células nervosas (neurónios).

É produzida principalmente em áreas do cérebro como a substância negra e a área tegmental ventral. A sua produção pode ser influenciada tanto pela genética como pelo estilo de vida.

A dopamina é uma catecolamina e precursora da noradrenalina e adrenalina. As catecolaminas são produzidas na medula suprarrenal e em neurónios do sistema nervoso simpático. No cérebro, a dopamina também é liberta pelo hipotálamo.

Apesar de muitas vezes ser associada apenas ao prazer, a dopamina tem funções muito mais amplas. Atua como mensageira química em diferentes vias do cérebro e participa em processos vitais, desde o controlo motor até ao comportamento motivacional.

É importante sublinhar que a dopamina não atua isoladamente. Interage com outros neurotransmissores e hormonas, formando um sistema complexo que regula tanto o corpo como a mente. Manter os seus níveis equilibrados é fundamental para a saúde física e mental.

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Quais são as funções da dopamina?

A dopamina desempenha múltiplos papéis no corpo humano. Entre os principais:

 

  • Motivação e recompensa. Ativa o sistema de recompensa cerebral, gerando sensações de prazer e incentivando a repetição de comportamentos que trazem satisfação, como comer ou praticar exercício;

  • Controlo motor. É essencial para o movimento. A sua deficiência está diretamente ligada à doença de Parkinson;

  • Memória e aprendizagem. Ajuda a reforçar a memória e o processo de aprendizagem, associando experiências a recompensas;

  • Humor e atenção. Contribui para a regulação emocional e para a concentração, tendo um papel importante em perturbações como depressão ou PHDA — Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção;

  • Regulação de hormonas. Influencia a libertação de prolactina, afetando a função reprodutiva.

Fisiologicamente, atua como neuro-hormona no sistema porta hipotalâmico. Embora a adrenalina e a noradrenalina sejam os principais protagonistas desta resposta, a dopamina participa como precursora química e auxilia na preparação do corpo para reagir ao stress.

A dopamina pode também:

  • Provocar relaxamento dos vasos sanguíneos (em doses baixas, atua como vasodilatador) ou constrição (em doses elevadas, atua como vasoconstritor);

  • Aumentar a eliminação de sódio (sal) e de urina pelo organismo;

  • Reduzir a produção de insulina no pâncreas;

  • Retardar o movimento do conteúdo gastrointestinal, protegendo, ao mesmo tempo, o revestimento intestinal;

  • Diminuir a atividade dos linfócitos no sistema imunitário.

Quais as diferenças entre dopamina e serotonina?

A dopamina e a serotonina são dois neurotransmissores frequentemente mencionados em conjunto, mas com funções distintas:

  • Dopamina: centra-se na motivação, prazer, recompensa e controlo motor. Funciona como um motor interno que incentiva a ação.

  • Serotonina: regula o humor, o sono, o apetite e a digestão. Está mais associada à sensação de bem-estar e estabilidade emocional.

Enquanto a dopamina nos impulsiona a alcançar algo, a serotonina está ligada a um estado de contentamento mais duradouro. Em conjunto, ajudam a manter a saúde mental e emocional.

smiles a representar diferentes emoções

Como saber se os níveis da dopamina estão altos ou baixos?

Se os níveis estão equilibrados, é natural que se sinta feliz, motivado, alerta e focado. Mas o corpo também dá sinais quando há desequilíbrios de dopamina.

Os níveis baixos podem causar:

  • Perda de motivação e energia;

  • Tristeza e alterações de humor;

  • Problemas de concentração;

  • Dificuldade em sentir prazer (anedonia);

  • Diminuição da líbido;

  • Alterações no sono;

  • Cansaço;

  • Rigidez muscular ou tremores.

Já os níveis elevados podem causar:

  • Euforia;

  • Impulsividade e comportamentos de risco;

  • Líbido excessiva;

  • Agitação e ansiedade;

  • Insónias;

  • Agressividade;

  • Sintomas psicóticos, como alucinações.

Estes sinais devem ser sempre avaliados por um profissional de saúde, já que podem estar associados a diferentes condições médicas.

Que condições de saúde estão associadas a níveis elevados ou baixos de dopamina?

A dopamina está envolvida em várias doenças e condições neurológicas, nomeadamente:

  • Doença de Parkinson. Provocada pela morte de neurónios produtores de dopamina, causando tremores, rigidez e lentidão de movimentos;

  • Síndrome das pernas inquietas. Ligada a uma disfunção dopaminérgica, que gera desconforto e necessidade de mover as pernas;

  • PHDA — Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção. Associada a baixos níveis de dopamina, afetando a concentração e o controlo de impulsos;

  • Dependência química e comportamental. Substâncias como drogas ou dependência do jogo podem aumentar temporariamente a dopamina, levando a ciclos de vício;

  • Esquizofrenia. Associada a níveis excessivos de dopamina em certas áreas do cérebro.

Como equilibrar os níveis de dopamina?

Existem estratégias naturais e, em alguns casos, médicas que ajudam a regular a produção e a ação deste neurotransmissor, promovendo bem-estar físico e emocional.

Medicação

O tratamento medicamentoso é muitas vezes necessário em condições clínicas específicas:

  • Levodopa, utilizada em doentes com Parkinson para aumentar a dopamina no cérebro;

  • Estimulantes, como os usados no tratamento do PHDA, que aumentam a disponibilidade de dopamina;

  • Antipsicóticos que reduzem a atividade da dopamina em casos de esquizofrenia ou psicose.

A medicação deve sempre ser prescrita e monitorizada por um médico, devido aos riscos de efeitos secundários.

Estilo de vida

Além da medicação, o estilo de vida desempenha um papel importante na regulação natural da dopamina:

  • Exercício físico regular, aumenta os níveis de dopamina e melhora o humor;

  • Sono adequado, o descanso regula a produção de neurotransmissores;

  • Alimentação equilibrada, alimentos ricos em tirosina (como carnes magras, ovos, laticínios, frutos secos e leguminosas) contribuem para a síntese de dopamina;

  • Meditação e práticas de relaxamento ajudam a equilibrar os níveis químicos do cérebro;

  • Limitar o uso de substâncias, pois as drogas, álcool e até excesso de açúcar podem desregular o sistema de recompensa dopaminérgico.

Nos últimos anos, têm surgido tendências como o dopamine detox ou dopamine fasting, que defendem períodos de abstinência de estímulos digitais ou recompensas rápidas.

Contudo, especialistas alertam que este conceito é frequentemente mal interpretado, já que não é possível “desligar” a dopamina. O que pode ser útil é reduzir os estímulos excessivos (como redes sociais ou jogos) e adotar hábitos que reforcem a motivação de forma saudável.

O essencial a reter sobre a dopamina

A dopamina está no centro de processos essenciais como movimento, memória, motivação e humor, sendo indispensável para a saúde mental e física.

Tanto níveis baixos como elevados podem causar problemas significativos. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais do corpo e procurar acompanhamento médico sempre que necessário.

Adotar um estilo de vida equilibrado, que inclua dormir bem, praticar exercício, ter uma alimentação saudável e gerir o stress, ajuda à regulação natural deste neurotransmissor e, consequentemente, à melhoria da qualidade de vida.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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