ABC das alergias respiratorias

Sofre de alergias respiratórias? Saiba como prevenir e tratá-las

4 mins. leitura

As alergias respiratórias são uma resposta exagerada do organismo a uma substância (alergénio) que, neste caso, atinge o sistema respiratório do nosso corpo.

Estas alergias, como outras, podem começar a manifestar-se em qualquer idade, da infância à vida adulta.

As suas origens podem ser várias, mas têm sempre em comum uma hipersensibilidade do sistema imunitário a determinados elementos causadores dessas mesmas alergias.

Fique a conhecer os seus principais sintomas, mas também como evitar ou controlar este problema de saúde.


Alergias respiratórias: aprenda a controlar este problema

As alergias respiratórias, independentemente do(s) alergénio(s) associado(s), podem desencadear problemas como a asma ou a rinite alérgica.

Os sinais de alerta podem passar por:

  • Tosse seca e irritativa;
  • Olhos vermelhos;
  • Espirros;
  • Entre outros sintomas.

O mais importante é ser sujeito a um diagnóstico e a um tratamento rigoroso, de modo a controlar ao máximo estas manifestações incómodas e que interferem no bem-estar do indivíduo.


Principais tipos de alergias respiratórias

Há dois grandes tipos de alergias respiratórias: a rinite que afeta as vias aéreas superiores e aproximadamente 500 milhões de pessoas e a asma que afeta as vias aéreas inferiores.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica, 25% da população portuguesa tem rinite alérgica e 10% tem asma.

As alergias podem ainda dividir-se em duas fases.


Fases alérgicas
Fase de sensibilização O indivíduo ainda não manifesta sintomas mesmo perante a exposição ao alergénio
Fase da reação alérgica Ocorre a reação alérgica que pode passar por sinais como olhos vermelhos, dificuldade respiratória, eritema ou prurido, entre outros
ABC das alergias respiratorias

Sintomas gerais

É certo que as reações típicas das alergias respiratórias variam de acordo com o alergénio, isto é, o agente causador da alergia ou, eventualmente, com determinadas estações do ano (sazonal).

É, ainda, importante ter noção de que essas diversas reações podem aparecer isoladas ou associadas e que a sua manifestação pode dar-se de forma aguda, num momento de crise, ou de maneira contínua, por exemplo, diariamente.

Dependendo, claro, da sensibilidade do indivíduo ao alergénio, pode dizer-se que assim que o agente causador da alergia entra em contacto com o organismo do doente, ele poderá causar sintomas, como:


Sintomatologia
Tosse seca e irritativa
Muitos espirros seguidos
Nariz vermelho, rinorreia (pingo) e/ou congestão nasal
Prurido nasal (comichão)
Olhos vermelhos e lacrimejantes
Ruído no peito
Sensação de falta de ar e/ou dificuldade em respirar
Pieira

Sintomas específicos da rinite alérgica

Os sinais associados à rinite podem acontecer em determinadas estações do ano (rinite sazonal), por exemplo, ou durante todo o ano (rinite perene). Neste último caso, existe uma reação a um ou mais alergénios que estão presentes em permanência no ambiente (por exemplo, os ácaros).

Aproximadamente, 53% a 70% dos casos de rinite evoluem para sinusite, sendo que, em algumas situações (40%), a sua progressão é para quadros de asma. Na rinite alérgica, o alergénio encontra-se no ar, sendo inspirado, inflamando a mucosa nasal e podendo provocar:


Rinite alérgica: sintomas
Prurido
Olhos vermelhos e lacrimejantes
Nariz vermelho e com corrimento/congestionado
Obstrução nasal
Tosse seca e irritativa
Muitos espirros seguidos
Rinorreia

Sintomas específicos da asma alérgica

Na asma alérgica, há uma obstrução variável e reversível das vias respiratórias inferiores, a nível dos brônquios com inflamação e hiper-reatividade brônquica. As ditas crises asmáticas caraterizam-se, precisamente, pelas contrações dos brônquios, devido a edemas e/ou ao excesso de mucosidade, que causa a obstrução da entrada de ar, a partir do exterior.

Aproximadamente, entre 5% a 15% dos europeus tem asma alérgica, em diferentes graus. Além disso, muitos doentes com asma (cerca de 80%) também sofrem de rinite, sendo esta considerada um fator de risco para o desenvolvimento de asma.


Asma alérgica: sintomas
Tosse
Sensação de falta de ar
Sibilos ou silvos, quando se respira
Fadiga
Secreções ou mucosidade
Dor ou pressão no peito

Consequências

Quando os vários sintomas se manifestam simultaneamente e/ou com uma frequência diária, podem surgir consequências físicas que afetam o dia a dia do paciente, como é o caso de:

  • Dores de cabeça ou cansaço;
  • Diminuição do rendimento escolar/profissional;
  • Privação de sono de qualidade.
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Alergénios

As alergias respiratórias correspondem a uma reação inflamatória exacerbada da nossa árvore respiratória, devido à exposição a um ou a mais alergénios. Os mais frequentes são:


Principais alergénios
Alergénio Explicação
Ácaros São seres microscópicos, cujas proteínas e fezes podem causar alergias. Estão muito presentes em cortinados, colchões, tapetes, almofadas, etc.
Pólen São partículas de angiospermas, oriundas das flores, mais comuns na primavera, ou seja, nos períodos de polinização, que voam pelo ar, originando a alergia.
Fungos São seres microscópicos que preferem ambientes pouco ventilados e húmidos, como é o caso de guarda-fatos, armários, casas de banho, e espaços com pó.
Pêlos (epitélios) de animais domésticos Esta alergia deve-se não tanto ao pêlo, mas antes aos alergénios da saliva e/ou fezes, especialmente do cão e gato, que entraram em contacto com os seus pêlos.
Poluição
Fumo (tabaco, por exemplo)

Fatores favoráveis às alergias respiratórias

Há aspetos que podem tornar mais provável que um indivíduo sofra de alergias. Tome nota de alguns desses fatores genéticos e ambientais.


Fatores genéticos e ambientais que favorecem o desenvolvimento das alergias respiratórias
Ter histórico familiar de alergias
Frequentar locais com muito pó
Frequentar espaços com muita humidade ou pouco ventilados
Passar por mudanças climáticas/temperatura
Sofrer uma infeção das vias aéreas (principalmente vírica)
Inalar irritantes (não específicos)
Fumar ou contacto passivo com tabaco
Ter maus hábitos alimentares
Tomar alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides
Sofrer de stress e ansiedade.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico das alergias respiratórias deve ser realizado por um clínico geral ou alergologista.

Para isso, ele deverá ter por base a sintomatologia descrita anteriormente, assim como os resultados dos testes das alergias. A partir destes testes é possível identificar o(s) alergénio(s) causador(es) da(s) alergia(s) respiratória(s).

Apesar de não ter cura, as alergias respiratórias podem ser controladas. Para isso, é necessário fazer uma terapêutica adequada, que deve ter em conta o historial clínico do paciente.

Normalmente, os medicamentos prescritos visam atenuar os sintomas e combater a alergia respiratória. É este o caso dos anti-histamínicos, os quais são capazes de bloquear a ação da histamina, substância produzida pelo organismo, durante a crise alérgica.

Além disso, é fundamental evitar ao máximo entrar em contacto com o(s) alergénio(s), de modo a prevenir crises.


Como prevenir os sintomas das alergias respiratórias? Identificação rigorosa de fatores desencadeadores
Não ter objetos que acumulem pó ou humidade
Limpar o chão, móveis, colchões e almofadas com produtos anti-ácaros
Utilizar um aspirador com filtro High Efficiency Particulate Arrestance (HEPA) e aspirar pelo menos duas vezes, por semana, a casa
Viver num ambiente limpo e sem pó
Manter a casa arejada, aberta, com luz solar e sem humidade
Usar capas nos colchões e almofadas e lavá-las com regularidade
Limpar e escovar com frequência o animal doméstico
Não fumar
Evitar as mudanças bruscas de temperatura
Praticar exercício físico moderado
Preferir produtos sem cheiro ou com aromas suaves

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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