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Dieta FODMAP: será a solução para evitar problemas digestivos?

5 mins. leitura

Índice

  1. 1. O que é
  2. 2. O que significa a sigla
  3. 3. Alimentos a evitar
  4. 4. Alimentos permitidos
  5. 5. Como funciona

A dieta FODMAP - também conhecida como dieta com baixo teor de FODMAP - tem vindo a destacar-se como uma abordagem eficaz para gerir distúrbios digestivos, em especial a síndrome do intestino irritável (SII). Com base na exclusão temporária de alguns hidratos de carbono fermentáveis, esta dieta promete alívio de sintomas como inchaço, gases, dor abdominal e diarreia.

Neste artigo explicamos o que significa esta sigla, quais os alimentos excluídos e permitidos, os benefícios da dieta, como implementar e quem deve ou não segui-la.


O que é a dieta FODMAP?

A dieta FODMAP, ou Low FODMAP em inglês, é um plano alimentar desenvolvido por investigadores da Universidade Monash, na Austrália, com o objetivo de ajudar pessoas com distúrbios gastrointestinais, sobretudo com síndrome do intestino irritável (SII). A sua aplicação estende-se também a outros casos de desconforto digestivo funcional, como a distensão abdominal crónica ou a diarreia funcional.

Trata-se de uma dieta terapêutica e não de uma solução a longo prazo ou um regime para perda de peso. A sua aplicação requer acompanhamento profissional, geralmente por um nutricionista, para evitar desequilíbrios nutricionais e assegurar a correta reintrodução dos alimentos.

O princípio base passa por reduzir o desconforto digestivo através da eliminação temporária de alimentos ricos em certos tipos de hidratos de carbono de cadeia curta - compostos que são mal absorvidos no intestino delgado e rapidamente fermentados pelas bactérias intestinais. Esse processo leva à produção excessiva de gases e à retenção de água no intestino, provocando sintomas como:


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O que significa a sigla FODMAP?

FODMAP é um acrónimo para:

  • Fermentable (fermentáveis);
  • Oligosaccharides (oligossacarídeos, como frutanos e galacto-oligossacarídeos);
  • Disaccharides (dissacarídeos, como a lactose);
  • Monosaccharides (monossacarídeos, como a frutose em excesso);
  • And;
  • Polyols (polióis, como sorbitol e manitol).

Estes compostos estão presentes naturalmente em vários alimentos, como cereais, laticínios, leguminosas, frutas e vegetais. Embora seguros para a maioria das pessoas, são hidratos de carbono que, por serem mal absorvidos, originam desconforto.


Que alimentos evitar nesta dieta?

A dieta com baixo teor de FODMAP envolve a exclusão de alimentos com alta concentração destes hidratos de carbono. Eis alguns exemplos de alimentos a evitar na fase inicial:

  • Oligossacarídeos: trigo, centeio, cebola, alho, espargos, alcachofra;
  • Dissacarídeos: leite, iogurte e queijos frescos (ricos em lactose);
  • Monossacarídeos: mel, maçã, pera, manga (ricos em frutose);
  • Polióis: pastilhas elásticas e rebuçados sem açúcar, ameixas, cerejas, couve-flor, cogumelos.

Quais os alimentos permitidos?

Em contrapartida, a dieta inclui alimentos com baixo teor de FODMAP. Eis alguns exemplos:

  • Frutas como banana madura, morangos, kiwi;
  • Legumes como cenoura, curgete, abóbora, pepino;
  • Cereais como arroz, aveia sem glúten;
  • Proteínas como carne, peixe, ovos;
  • Marisco;
  • Laticínios sem lactose e queijos curados (como parmesão e cheddar).

Estes alimentos permitem manter uma alimentação equilibrada enquanto se avalia a resposta do organismo à exclusão dos FODMAPs.


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Como funciona a dieta FODMAP?

A dieta com baixo teor FODMAP é composta por três fases principais que têm objetivos distintos. Para que seja eficaz, é essencial seguir as etapas com rigor e registar os sintomas ao longo do processo.

É importante salientar que o acompanhamento por um nutricionista é essencial para evitar deficiências nutricionais e garantir uma abordagem personalizada.


1. Fase de eliminação

Dura entre 4 a 6 semanas. Todos os alimentos ricos em FODMAP são eliminados da alimentação. Esta etapa tem como objetivo verificar se os sintomas digestivos melhoram com a restrição.


2. Fase de reintrodução

Nesta fase, reintroduzem-se gradualmente alimentos de cada grupo FODMAP (frutanos, lactose, frutose, polióis), um de cada vez, para identificar os que causam sintomas e em que quantidade.


3. Fase de manutenção

Com base nas reações observadas, estabelece-se uma alimentação personalizada que exclui apenas os FODMAPs pouco ou nada tolerados. Esta fase é fundamental para garantir uma dieta variada, equilibrada e sustentável a longo prazo.


Perguntas frequentes sobre a dieta FODMAP

Adotar uma dieta com baixo teor de FODMAP pode levantar várias dúvidas, sobretudo no que diz respeito aos alimentos permitidos, à duração das fases e à sua adequação a diferentes condições de saúde. Abaixo respondemos às perguntas mais comuns para ajudar a esclarecer este processo.

Os FODMAPs fazem mal a todas as pessoas?

Não. FODMAPs são hidratos de carbono naturalmente presentes nos alimentos e, para a maioria das pessoas, não causam qualquer problema. Só indivíduos com distúrbios digestivos como a SII tendem a manifestar sintomas ao consumir grandes quantidades destes compostos.

Quem pode beneficiar de uma dieta com baixo teor de FODMAP?

Pessoas com SII, distensão abdominal crónica, diarreia funcional, obstipação crónica ou mesmo endometriose com queixas gastrointestinais associadas podem beneficiar de uma dieta com baixo teor de FODMAP, sempre com acompanhamento profissional.

O que posso comer numa dieta com baixo teor de FODMAP?

Durante a fase de eliminação, é possível comer arroz, batata, aveia, ovos, carne, peixe, cenoura, abóbora, curgete, morangos, bananas maduras, entre outros alimentos com baixo teor de FODMAP.

Quais são os alimentos ricos em FODMAP que devem ser evitados?

Cebola, alho, trigo, centeio, maçã, pera, leite e iogurte com lactose, leguminosas como grão-de-bico e feijão são exemplos comuns de alimentos a evitar inicialmente.

O que devo fazer antes de iniciar a dieta Low FODMAP?

É essencial consultar um nutricionista ou médico antes de iniciar esta dieta. O acompanhamento profissional assegura uma implementação correta, evita deficiências nutricionais e facilita a reintrodução alimentar.

A dieta FODMAP pode causar efeitos secundários?

Sim. A eliminação prolongada destes alimentos pode reduzir a diversidade da microbiota intestinal. Daí a importância de seguir as três fases da dieta com orientação especializada.

A dieta Low FODMAP é indicada para quem tem intolerância à lactose ou doença celíaca?

A dieta pode ser útil para pessoas com intolerância à lactose, mas não substitui uma dieta isenta de glúten em caso de doença celíaca.

O que deve reter sobre esta estratégia alimentar

A dieta FODMAP surge como uma solução eficaz para quem sofre de distúrbios gastrointestinais, especialmente a SII. A sua aplicação faseada permite identificar intolerâncias individuais, promovendo alívio de sintomas e melhor qualidade de vida. Com acompanhamento profissional, pode tornar-se uma ferramenta valiosa para a saúde digestiva.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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