mioma

Mioma: o tumor benigno que cresce no tecido uterino

4 mins. leitura

Índice

  1. 1. Tipos de miomas
  2. 2. Causas
  3. 3. Sintomas
  4. 4. Diagnóstico
  5. 5. Tratamento

O mioma, também conhecido como leiomioma ou fibromioma, é um tumor benigno que se forma a partir do músculo liso do útero. Pode crescer na parede do útero (miométrio) ou à sua volta.

Na maioria dos casos, os miomas são pequenos e não causam qualquer sintoma. No entanto, entre 15% a 30% das mulheres que os têm acabam por desenvolver sintomas mais intensos, que podem interferir com a qualidade de vida.

A sua frequência varia bastante de mulher para mulher e entre diferentes populações, podendo ultrapassar os 70% em alguns grupos.


3 tipos de miomas

Os miomas podem surgir e crescer em diferentes zonas do útero, sendo mais frequente o seu desenvolvimento na parede uterina.

O útero é composto por três camadas: o endométrio (camada mais interna), o miométrio (camada muscular intermédia) e a serosa (camada externa). Os fibromiomas podem instalar-se em qualquer uma delas, como explicamos a seguir.


1. Mioma intramural

É o tipo de mioma mais frequente. Forma-se no interior da parede muscular do útero, podendo crescer para dentro ou para fora. Por vezes, provoca menstruações mais intensas, sensação de peso na zona da barriga ou desconforto pélvico.


2. Mioma subseroso

Este tipo de mioma cresce na parte externa do útero, logo por baixo da camada mais superficial (a serosa). À medida que aumenta de tamanho, pode projetar-se para fora do útero, como se estivesse "pendurado" por um fio fino, chamado pedículo.

Como cresce para fora da cavidade uterina, o mioma subseroso tende a causar menos alterações menstruais, mas, se for muito grande, pode pressionar órgãos próximos, como a bexiga ou o intestino, provocando desconforto.


3. Mioma submucoso

É o tipo mais raro de mioma, mas também o que mais costuma causar problemas. Cresce logo por baixo da camada interna do útero (o endométrio) e, tal como o mioma subseroso, pode estar preso por um pedículo.

Apesar de serem menos comuns, os miomas submucosos são os que mais frequentemente provocam hemorragias intensas e dificuldades em engravidar.


tipos e causas de mioma

Causas para o aparecimento de um mioma

A causa exata do mioma no útero é desconhecida. No entanto, há fatores a ter em conta, nomeadamente:

  • Alterações genéticas: muitos fibromiomas apresentam alterações genéticas que diferem daquelas presentes em células musculares uterinas típicas;
  • Matriz extracelular: esta rede complexa de moléculas extracelulares está aumentada nos miomas, tornando-os fibrosos;
  • Hormonas: o estrogénio e a progesterona são hormonas que parecem influenciar o crescimento dos miomas. O mioma uterino contém mais células às quais essas hormonas se ligam do que as células musculares uterinas típicas, sendo que tende a encolher após a menopausa devido à descida dos níveis hormonais.

Fatores de risco

As mulheres em idade fértil são mais propensas a serem afetadas por miomas uterinos. Outros fatores de risco podem incluir:


O mioma uterino é mais grave na gravidez?

A maioria dos miomas não interfere na gravidez, mas alguns tipos e localizações podem afetar a fertilidade ou o curso gestacional.

Alguns tipos, como o mioma submucoso, podem causar dificuldade em engravidar e perda gestacional. Além disso, os miomas podem aumentar o risco de certas complicações na gestação, nomeadamente:

  • Parto prematuro;
  • Hemorragia pós-parto;
  • Restrição do crescimento fetal;
  • Descolamento prematuro da placenta;
  • Maior probabilidade de parto por cesariana.

Embora seja raro os miomas causarem consequências graves à saúde, há mulheres que podem apresentar hemorragias intensas, o que pode levar à anemia ou à falta de glóbulos vermelhos.


Sintomas

Nem sempre um mioma provoca sintomas. Quando existem, podem ser influenciados pela localização, tamanho e número dos fibromiomas. O mioma submucoso tende a ser o tipo mais sintomático.

Os sintomas mais comuns do mioma uterino podem incluir:

  • Obstipação;
  • Barriga inchada;
  • Pressão ou dor pélvica;
  • Menstruações mais longas ou frequentes;
  • Dificuldade em urinar ou fazê-lo frequentemente;
  • Sangramento menstrual intenso ou períodos dolorosos;
  • Dor na região do estômago ou dor durante as relações sexuais.

Diagnóstico

Frequentemente, os miomas são detetados durante um exame de ginecologia. Vários exames podem confirmar o diagnóstico:

  • Laparoscopia;
  • Histeroscopia;
  • Ecografia pélvica;
  • Tomografia axial computadorizada (TAC);
  • Ressonância magnética, sendo que este exame de imagem também serve para distinguir mioma de adenomiose que, por vezes, é diagnosticada de forma errada.

diagnóstico e tratamento mioma

Qual é o tratamento para o mioma?

O crescimento da maioria dos fibromiomas diminui à medida que a mulher se aproxima da menopausa.

Nesse caso, e se os sintomas forem toleráveis, o médico pode acompanhar o progresso e fazer ecografias para garantir que não existem mudanças significativas.

O tratamento pode ser necessário caso os sintomas sejam significativos, sendo que as opções incluem abordagens medicamentosas e cirúrgicas.

Em alguns casos, as mulheres também precisam de tratamento para anemia por deficiência de ferro devido às menstruações intensas e prolongadas ou devido a hemorragias anómalas entre as menstruações.

Após a menopausa, o tratamento para o mioma pode incluir a remoção cirúrgica. Embora exista uma variedade de técnicas disponíveis para tratar miomas, a maioria não é tão eficaz em mulheres que chegaram à menopausa, pela interação complexa entre os níveis hormonais e o crescimento dos fibromiomas.


É necessário remover o útero?

Muitas mulheres apresentam miomas de tamanho pequeno a moderado ao longo da idade fértil, o que lhes causa pouco ou nenhum problema.

Existem diversas opções médicas e cirúrgicas disponíveis para tratar ou remover um mioma problemático sem necessidade de remover o útero.

Aviso: O Blog Mais Saúde é um espaço meramente informativo. A Medicare recomenda sempre a consulta de um profissional de saúde para diagnóstico ou tratamento, não devendo nunca este Blog ser considerado substituto de diagnóstico médico.

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