12 factos e mitos sobre alergias

Rinite alérgica, alergia ao sol, alergias respiratórias e alergias alimentares são alguns termos que, com certeza, já ouviu falar. Porém, circulam também uma série de mitos sobre alergias ter a gestão destas condições.1

A Organização Mundial de Alergia estima que exista uma predominância de alergias em toda a população por país entre 10% a 40%. Dada a sua prevalência, é essencial esclarecer algumas questões importantes sobre este tema complexo e, muitas vezes, mal compreendido.

O que são alergias?

As alergias são uma reação ou resposta exagerada do organismo a substâncias normalmente inofensivas. Os sintomas das alergias incluem, por exemplo, olhos lacrimejantes, tosse e espirros.

Se para muitas pessoas as alergias causam algum desconforto, para outras podem mesmo ser fatais. O tratamento pode envolver anti-histamínicos, soluções salinas de limpeza nasal, corticoides intranasais, imunoterapia e medidas de controlo ambiental.

Factos e mitos sobre alergias que deve saber

Vamos, a seguir, explorar alguns dos mitos mais comuns sobre alergias e apresentar factos para o ajudar a esclarecer dúvidas. É também fundamental que converse com o seu médico assistente ou alergologista para determinar a melhor abordagem à sua situação.

1. Não desenvolvemos alergias na fase adulta

Falso. É frequente pensar-se que as alergias surgem apenas na infância e que os adultos estão livres delas. Contudo, isso não é verdade. As alergias também podem desenvolver-se na fase adulta, embora seja mais comum que se manifestem na infância.

2. O ar condicionado provoca alergias

Falso. Embora o ar condicionado possa contribuir para a propagação de alergénios, como ácaros, pólenes e fungos, não é necessariamente uma causa direta de alergias. Ou seja, não é o aparelho que provoca a reação, mas pode fazer circular as substâncias que causam o problema, bem como albergar essas mesmas substâncias.

A manutenção adequada e a limpeza regular dos filtros podem ajudar a reduzir o risco de alergia relacionados com os equipamentos de ar condicionado.

3. As alergias são apenas um problema de pele

Falso. Ainda que as alergias na pele ou cutâneas sejam mais comuns, as alergias podem afetar várias partes do corpo e manifestar-se de diferentes maneiras. Desde rinite alérgica, alergias a alimentos ou a picadas de insetos, passando por problemas respiratórios e até gastrointestinais, estas condições podem ter uma ampla gama de sintomas, localizações e causas.

4. Todos os anti-histamínicos dão sono

Falso. Os anti-histamínicos não são todos iguais. Os de primeira geração são conhecidos por causar sonolência, mas os anti-histamínicos de segunda ou terceira geração normalmente não têm esse efeito colateral. Inclusivamente, interferem menos com outros medicamentos.

Cetirizina e Loratadina, anti-histamínicos de segunda geração, e Desloratadina e Fexofenadina, de terceira geração, podem ser tomados por via oral, nasal ou gotas. Estes fármacos reduzem a inflamação até 24 horas e têm menos efeitos colaterais. Contudo, é importante consultar um médico para escolher o anti-histamínico mais adequado ao seu caso.

5. Os cheiros intensos provocam alergias

Falso. Os odores fortes podem parecer desencadear sintomas alérgicos em algumas pessoas, mas não são a causa direta das alergias. Os cheiros intensos podem é atuar como substâncias irritantes e despoletar sintomas semelhantes aos de uma reação alérgica.

6. Os pelos dos animais de estimação provocam alergias

Falso. Contrariamente à crença popular, não é o pelo dos gatos ou dos cães, por exemplo, que motiva as alergias, mas sim os ácaros, a caspa, a saliva e outros alergénios presentes nos animais. Manter uma boa higiene e limpeza nas áreas onde estão os animais pode ajudar a reduzir as reações alérgicas.

7. Tomar vitaminas pode prevenir alergias

Falso. Uma dieta equilibrada e rica em vitaminas e minerais pode fortalecer o sistema imunitário, mas não há provas sólidas de que tomar vitaminas específicas possa prevenir alergias.

8. A ansiedade provoca alergias

Falso. A ansiedade pode agravar sintomas de uma reação alérgica, mas não provocá-la. Isso acontece porque o cérebro reconhece a situação de stress e o corpo reage a essa ameaça com sintomas físicos semelhantes aos de uma reação alérgica. Essa resposta física ao stress emocional é conhecida como resposta psicossomática.

9. As alergias fazem ressonar

Podem contribuir para o ressonar. Alguns sintomas alérgicos, como a congestão nasal e a inflamação das vias aéreas devido a alergias a ácaros ou ao pólen, por exemplo, podem dificultar a respiração pelo nariz durante o sono. Tal, pode levar ao ressonar, especialmente se a pessoa já tiver predisposição para essa condição, devido a fatores como a anatomia das vias respiratórias, obesidade ou posição de dormir.

10. Só temos alergias respiratórias na primavera

Falso. Ainda que as alergias respiratórias possam ser mais comuns durante a primavera devido ao aumento dos níveis de pólen no ar, estas podem acontecer em qualquer altura, dependendo dos alergénios aos quais se é sensível. Por exemplo, alergias a ácaros ou fungos (bolor) podem desencadear sintomas em diferentes estações do ano. Além disso, em algumas regiões, os alergénios podem estar sempre presentes, provocando reações alérgicas ao longo de todo o ano.

11. O sol provoca alergias

Verdadeiro. A exposição ao sol também pode desencadear reações alérgicas. Existem diversos tipos, como prurigo actínico, reação fotoalérgica, erupção polimorfa à luz e urticária solar.

Os sintomas podem incluir vermelhidão, prurido e erupções cutâneas, variando de leves a graves. Evitar a exposição ao sol, cobrir a pele e usar protetor solar são algumas estratégias aconselhadas para evitar estes sintomas.

12. As alergias são crónicas

Geralmente, as alergias persistem ao longo do tempo, ainda que algumas possam dissipar-se com a idade. Embora não haja uma cura definitiva, é possível minimizar as reações alérgicas, evitando as substâncias desencadeadoras ou recorrendo à medicação para aliviar sintomas.

Além disso, vacinas antialérgicas e protocolos de indução de tolerância, sob orientação médica, podem ajudar a reduzir as alergias. Em muitos casos, um alérgico pode passar décadas sem apresentar sintomas, especialmente quando a condição está bem controlada.